Cantor Bruno Souza sai às ruas para mostrar a precária acessibilidade de Alegrete

O deslocamento pelas ruas da cidade é uma tarefa que muitos de nós realizamos diariamente sem sequer pensar.

Porém, para algumas pessoas, essa simples atividade pode se tornar uma verdadeira prova de resistência e determinação. É o caso de Bruno Souza, 34 anos, um cantor alegretense que decidiu compartilhar sua jornada em um vídeo enviado ao PAT, percorrendo algumas ruas centrais do município em sua cadeira de rodas.

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A narrativa de Bruno, que é cadeirante há oito anos, teve um propósito claro: demonstrar de forma efetiva e real as condições e as dificuldades enfrentadas por aqueles que dependem de acessibilidade para se deslocar.

“Hoje resolvi sair na rua e mostrar para os amigos e as autoridades responsáveis, as sérias dificuldades para quem depende de acessibilidade para andar pela cidade. Esperamos que esse vídeo possa chegar até os órgãos competentes e que algo possa ser feito para que as pessoas tenham o prazer e o desejo de sair às ruas novamente. Agradeço a “Roselli” pelo seu depoimento, que foi de extrema importância. Não visando somente os cadeirantes, mas os idosos e outros portadores de algum tipo de deficiência. Deus no comando sempre”, citou Bruno.

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Veja o vídeo:

Os desafios enfrentados por ele e por tantas outras pessoas com mobilidade reduzida são evidentes. Buracos, desníveis, falta de acesso, largura variável e excesso de obstáculos são apenas alguns dos obstáculos que prejudicam o andar seguro e o deslocamento de quem necessita fazer isso por meio de uma cadeira de rodas. “Muitas vezes acabo andando mais junto aos carros pelo simples fato de muitos calçamentos estarem fora dos padrões mínimos para alguém com mobilidade reduzida, como eu, passar. Muitas pessoas fazem os acessos de garagens e não se preocupam em adaptar. O mesmo acontece em muitas quadras onde faltam rampas para subir ou descer. É complicado”, disse Bruno.

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Além de ser uma questão de conforto, a acessibilidade urbana é uma questão de direitos humanos e inclusão social. Um dos grandes desafios da mobilidade sustentável nas grandes cidades é torná-las cada vez mais acessíveis e inclusivas, especialmente para idosos e pessoas com deficiência (PCD). Os avanços nesse sentido estão ocorrendo, porém, em um ritmo ainda considerado lento diante das necessidades e demandas da população.

Para enfrentar esse desafio, é necessário um esforço conjunto e contínuo por parte dos governos locais, da sociedade civil e do setor privado. É fundamental investir em infraestrutura urbana que priorize a acessibilidade em todas as suas formas, desde a construção de calçadas adequadas até a instalação de rampas e elevadores em locais estratégicos. Além disso, é essencial promover a conscientização e a educação da população sobre a importância da acessibilidade e do respeito às diferenças.

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