Igor Luis Leal Boff, conhecido como Soldado Leal, deixou para trás uma trajetória marcada pela abnegação, dedicação incondicional e compromisso com a manutenção da ordem e segurança da comunidade. Ele não hesitava em arriscar a própria vida para proteger os cidadãos e garantir a tranquilidade da sociedade.
Leal, aos 39 anos de idade, veio a falecer após sofrer uma lesão cerebral durante uma ação policial no dia 31 de março. Mesmo sendo encaminhado para hospital em Santa Maria, sua batalha chegou ao fim no dia 4 de abril, deixando um vazio irreparável na comunidade alegretense, em sua família e na família brigadiana.
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Daniel Martins Dias, um amigo próximo de Leal, expressou sua dor e saudade em uma postagem recente, destacando a luz e a amizade que o policial irradiava. Os colegas de farda também lembraram com carinho do colega que, assim como seu nome sugere, era leal e comprometido.
Em dezembro do ano passado, durante o tradicional Grenal de fim de ano da Brigada Militar em Alegrete, seus companheiros realizaram uma comovente homenagem. Juntos, ergueram um símbolo que agora permanece no quiosque do quartel na Avenida das Pedreiras, batizado com o nome do Soldado Igor Leal Boff. A arte, em madeira, concebida pelo renomado artista Derli Vieira da Silva, conhecido como Chapéu Preto, representa não apenas a dedicação e o serviço prestado por Leal à comunidade alegretense, mas também o afeto e a gratidão dos colegas.
Seco, Leal, Brigada – diversos apelidos carinhosos que identificavam o policial com seu jeito único, sempre pronto a ajudar e a dar o melhor de si. O compromisso com a profissão era inegável, uma vocação que corria em suas veias e o fazia destacar-se. Seus colegas o descrevem como uma referência, um policial fora da curva e um amigo incomparável. Além do serviço na Brigada, Leal nutria paixões como o futebol e a velocidade, mostrando-se um homem multifacetado e apaixonado pela vida.
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Desde que chegou em Alegrete, Leal conquistou muitas amizades e acumulou conhecimento na Brigada Militar. Ele nunca se esquivou de suas responsabilidades, desempenhando com excelência cada tarefa que lhe era designada. Mais do que um policial exemplar, era um pai dedicado e um esposo atencioso, equilibrando suas obrigações profissionais com os laços familiares que tanto prezava.
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Embora natural de Santana do Livramento, Leal escolheu Alegrete como seu lar, construindo uma família e estreitando laços de amizade na cidade que adotou como sua. Com ingresso nas fileiras da BM em 2004, sua atuação era marcante e deixava uma marca indelével na comunidade que servia.
Algumas imagens de prisões feitas pela reportagem do PAT: