“O carnaval já começa a gerar serviços na contratação do carnavalesco, o qual vai se debruçar em livros e na própria internet a fim de criar um tema, ou retratar uma história, usando da criatividade e do universo lúdico”. Começa aí a gigantesca teia de serviços gerados pelo Carnaval. Os números finais giram em torno de 2 milhões de reais, afirma o advogado e carnavalesco, Rafael Faraco de Souza.
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Ele diz que geralmente esse carnavalesco possui junto uma equipe que ajuda nos figurinos e até mesmo na montagem do carnaval. – Arrisco a dizer que esse é o setor em que nossa cidade sempre foi muito bem servida, pois temos profissionais da mais alta qualidade aqui, sendo que a grande maioria ocupa o cargo de professores em salas de aula”.
Já no barracão das escolas de samba (cinco) entre engenheiros (paga-se ART dos carros), mecânicos, serralheiros, marceneiros, pintores, escultores, aderecistas, iluminadores, cozinheiro etc calcula-se em torno de 150 colaboradores, informa. Todos informa o carnavalesco, ainda, recebem café da manhã, almoço e café da tarde, por aproximadamente dois meses e meio, sendo que nos últimos dias acabam esticando até a noite, trabalhando para a realização da festa.
Faraco diz que os barracões recebem material quase todo dia do comércio local, destacando-se as lojas de material de construção, pinturas, madeireiras, serralherias, papelarias, plásticos, reciclagem, tecidos, isopor etc. Destacamos o papel de suma importância das nossas costureiras, as quais têm o maior ganho em suas receitas durante o carnaval e o desfile de 7 de setembro. Um dado importante de calculo é o envolvimento superior a 70 costureiras trabalhando às vésperas do desfile. Somente em sapatilhas para os desfilantes calcula-se em torno de 2,000 pares. Conforme ele, neste meio de trabalho não se deve esquecer de mencionar os ateliês das escolas de samba, responsáveis pela montagem, colagem e aplicação nas fantasias. Tal setor possui além dos profissionais contratados os colaboradores apaixonados que fazem o serviço por amor a sua agremiação, salienta Faraco.
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Já as quadras das escolas de samba, explica ele geram serviços de segurança, sonorização, músicos, limpeza, tendo uma variação no número de trabalhadores de acordo com o dia da semana e a magnitude do evento. Calcula-se de 15 a 25 profissionais por quadra, perfazendo uma média de 75 a 125 serviços temporários O gasto com distribuidora de bebidas gira acima de R$ 200.000,00 somando-se as quadras (o dado aqui utilizado foi o gasto da escola de samba Nós os Ritmistas no ano de 2014, o qual multiplicamos por 5, podendo ter uma variação).
Nas quadras também é vendido lanches e pastéis, o que fatalmente acaba sendo empregado receita em padarias, mercadinhos, supermercados etc. As quadras também precisam investir em PPCI, ART’s e produtos de limpeza pra manter o ambiente seguro e decente. Taxistas e aplicativos transportam pessoas de suas casas para as quadras e vive versa.
NÚMEROS
Dados pesquisados por Rafael Faraco apontam que nos dois dias de eventos do nosso desfile (sexta-feira e sábado) somente no interior da Avenida do Samba há um giro de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos) divididos entre comercialização de ingressos (R$ 400.000,00) e gasto médio por pessoa (20.000 pessoas duas noites) (R$ 800.000,00). Ou seja, tal valor de 1,2 milhão só no interior da avenida.
Nas cercanias do evento (lado externo da avenida) existia em 2014 por volta de 200 ambulantes cadastrados que pagavam uma taxa pro município. Estimava-se em torno de R$ 20.000,00, com exceção dos vendedores de fora da cidade (capeta, food trucks etc). Isso sem o registro dos vendedores informais. O consumo médio desses ambulantes e bares girava acima dos R$ 200.000,00 nas duas noites de desfile de Alegrete. Com os taxistas (à época não havia aplicativos), circulavam R$ 40.000,00 nas duas noites de desfiles. Com freteiros, seguranças, empurradores de carros alegóricos, as duas noites giravam em torno de R$ 11.000,00.Restaurantes, bares e a rede hoteleira de sexta a domingo movimentavam acima de R$ 350.000,00.
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-Em resumo, carnaval é sinônimo de geração de serviços temporários, é comércio aquecido, é bares e restaurantes lotados, é ambulantes às pencas”.