Carnaval de Rua movimenta dois milhões de reais, afirma dirigente de escola de samba

Depois da reportagem sobre a emenda parlamentar de 100 mil para ajudar na montagem da estrutura da avenida, visando o Carnaval de 2023, surgiu uma infinidade de comentários acerca da maior festa popular do país.

“O carnaval já começa a gerar serviços na contratação do carnavalesco, o qual vai se debruçar em livros e na própria internet a fim de criar um tema, ou retratar uma história, usando da criatividade e do universo lúdico”. Começa aí a gigantesca teia de serviços gerados pelo Carnaval. Os números finais giram em torno de 2 milhões de reais, afirma o advogado e carnavalesco, Rafael Faraco de Souza.

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Ele diz que geralmente esse carnavalesco possui junto uma equipe que ajuda nos figurinos e até mesmo na montagem do carnaval. – Arrisco a dizer que esse é o setor em que nossa cidade sempre foi muito bem servida, pois temos profissionais da mais alta qualidade aqui, sendo que a grande maioria ocupa o cargo de professores em salas de aula”.

Carros alegóricos sendo montados
Carros alegóricos sendo montados

Já no barracão das escolas de samba (cinco) entre engenheiros (paga-se ART dos carros), mecânicos, serralheiros, marceneiros, pintores, escultores, aderecistas, iluminadores, cozinheiro etc calcula-se em torno de 150 colaboradores, informa. Todos informa o carnavalesco, ainda, recebem café da manhã, almoço e café da tarde, por aproximadamente dois meses e meio, sendo que nos últimos dias acabam esticando até a noite, trabalhando para a realização da festa.

Faraco diz que os barracões recebem material quase todo dia do comércio local, destacando-se as lojas de material de construção, pinturas, madeireiras, serralherias, papelarias, plásticos, reciclagem, tecidos, isopor etc. Destacamos o papel de suma importância das nossas costureiras, as quais têm o maior ganho em suas receitas durante o carnaval e o desfile de 7 de setembro. Um dado importante de calculo é o envolvimento superior a 70 costureiras trabalhando às vésperas do desfile. Somente em sapatilhas para os desfilantes calcula-se em torno de 2,000 pares. Conforme ele, neste meio de trabalho não se deve esquecer de mencionar os ateliês das escolas de samba, responsáveis pela montagem, colagem e aplicação nas fantasias. Tal setor possui além dos profissionais contratados os colaboradores apaixonados que fazem o serviço por amor a sua agremiação, salienta Faraco.

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Já as quadras das escolas de samba, explica ele geram serviços de segurança, sonorização, músicos, limpeza, tendo uma variação no número de trabalhadores de acordo com o dia da semana e a magnitude do evento. Calcula-se de 15 a 25 profissionais por quadra, perfazendo uma média de 75 a 125 serviços temporários O gasto com distribuidora de bebidas gira acima de R$ 200.000,00 somando-se as quadras (o dado aqui utilizado foi o gasto da escola de samba Nós os Ritmistas no ano de 2014, o qual multiplicamos por 5, podendo ter uma variação).

Nas quadras também é vendido lanches e pastéis, o que fatalmente acaba sendo empregado receita em padarias, mercadinhos, supermercados etc. As quadras também precisam investir em PPCI, ART’s e produtos de limpeza pra manter o ambiente seguro e decente. Taxistas e aplicativos transportam pessoas de suas casas para as quadras e vive versa.

NÚMEROS

Dados pesquisados por Rafael Faraco apontam que nos dois dias de eventos do nosso desfile (sexta-feira e sábado) somente no interior da Avenida do Samba há um giro de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos) divididos entre comercialização de ingressos (R$ 400.000,00) e gasto médio por pessoa (20.000 pessoas duas noites) (R$ 800.000,00). Ou seja, tal valor de 1,2 milhão só no interior da avenida.

Costureira faz fantasia em Alegrete- foto arquivo
Costureira faz fantasia em Alegrete- foto arquivo

Nas cercanias do evento (lado externo da avenida) existia em 2014 por volta de 200 ambulantes cadastrados que pagavam uma taxa pro município. Estimava-se em torno de R$ 20.000,00, com exceção dos vendedores de fora da cidade (capeta, food trucks etc). Isso sem o registro dos vendedores informais. O consumo médio desses ambulantes e bares girava acima dos R$ 200.000,00 nas duas noites de desfile de Alegrete. Com os taxistas (à época não havia aplicativos), circulavam R$ 40.000,00 nas duas noites de desfiles. Com freteiros, seguranças, empurradores de carros alegóricos, as duas noites giravam em torno de R$ 11.000,00.Restaurantes, bares e a rede hoteleira de sexta a domingo movimentavam acima de R$ 350.000,00.

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-Em resumo, carnaval é sinônimo de geração de serviços temporários, é comércio aquecido, é bares e restaurantes lotados, é ambulantes às pencas”.

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