Começa a colheita do arroz no ano da maior seca dos últimos tempos

Enquanto muitos foliões estavam viajando ou brincando no Carnaval, no interior de Alegrete, iniciava-se a colheita de arroz. O principal produto agrícola do Município.

A cultura do arroz representa um acentuado incremento no produto interno bruto de Alegrete. Ela envolve o trabalho de dezenas de famílias de agricultores, o que soma centenas pessoas direta e indiretamente envolvidas na colheita, o que significa muito trabalho, dedicação e um pouco de sorte, pois é preciso contar muito com o clima, que, devido à seca, castigou muitos produtores.

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O produtor de arroz de Alegrete e uma classe que não parou neste Carnaval. A maioria está em plena época de colheita. São colheitadeiras, reboques e caminhões circulando pelas lavouras e estradas do interior.

O PAT recebeu imagens de Fernando Marquezan, da Agropecuária Santo Antônio, de Afonso Marchezan, no Inhanduy, que iniciou a colheita no último dia 1°. O agro não para – destaca Fernando.

Esse setor emprega um grande número de pessoas e, em vários locais, se formam granjas de familiares de trabalhadores  que fazem desta rotina, desde o amanhecer, um forte ramo de trabalho na economia de Alegrete.

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Em entrevista, semana passada ao PAT, a presidente da Associação dos Arrozeiros, Fátima Marchezan destacou: especialistas de mercado, órgãos oficiais do governo e entidades já afirmam que a lavoura arrozeira já amarga 12% de perdas consolidadas pela falta de água na irrigação. Alguns afirmam que mais 15% das áreas estão com risco de perda por abandono pelo mesmo motivo. Até agora são estimadas cerca de 850 mil toneladas de arroz a menos.

Faltando, à época, uma semana para o início da colheita, ela acrescentou: o panorama não é nada bom para o bolso dos produtores e para a economia dos municípios que têm grande parte do seu PIB engordado pelos elos da cadeia produtiva. Não apenas os cofres da Prefeitura e do Estado serão afetados, o comércio local, a oferta de empregos e o bolso dos consumidores também irão sentir os efeitos da estiagem.


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Roberto Monteiro

Pois é, dona fátima dos marchezan… é nesta hora que a mão do estado tem que intervir, ajudando as pessoas que perdem o emprego, dos que precisam de um prato de comida… doações e boas ações que têm por objetivo limpar a alma dos aflitos não ajudam… tem que ter ação dos governos para levar recursos e alimentar este povo que sofre… não vai ser o minto, aquele “trabalhador” lá de brasília que vai resolver… viram que enquanto muitos sofrem o bonito anda passeando de jet ski no litoral brasileiro… devia estar patrulhando a orla contra os russos…