Dia Internacional da Mulher Rural é comemorado neste dia 15 de outubro

Hoje as mulheres com atuação no agronegócio já ocupam 43% da força de trabalho, porém muitas almejam alcançar melhores resultados no setor, por meio de investimentos em aperfeiçoamento profissional e melhoria do acesso à tecnologia. 

Após a revolução feminina da década de 60, muitas mulheres passaram a buscar a valorização profissional e de gênero na sociedade. Quase 60 anos depois, elas já aparecem em lugar de destaque em áreas consideradas exclusivamente masculinas, como na construção civil e no campo político.

No agronegócio não poderia ser diferente: estudos revelam o significativo aumento da participação da mulher no campo, e a tendência para os próximos anos é de que mais mulheres passem a exercer atividades rurais.

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Apesar das boas perspectivas, ainda é grande o abismo que insere as mulheres do meio rural em condição inferiorizada frente aos homens. Em pesquisa realizada pela Corteva Agriscience, no ano de 2018, com 4.157 mulheres atuantes no agronegócio em 17 países, é possível observar que no Brasil a discriminação de gênero é uma realidade, confirmada por 78% das entrevistadas. Em 49% das respostas, a remuneração é menor que a dos homens nas mesmas funções. Para 42% das entrevistadas, o acesso a financiamentos é mais restrito, em comparação aos homens.

Estes números nos mostra que ainda há muito a ser conquistado, apesar dos avanços em relação à participação feminina no campo. Diante da crescente representatividade feminina no agro, a Organização das Nações Unidas – ONU instituiu o Dia Internacional da Mulher Rural, celebrado em 15 de outubro. 

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alegrete Jesus Alzir Fernandes Dorneles, é dia de celebrar, momento este que o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, através da presidência e sua Comissão de Mulheres Trabalhadoras Rurais, parabeniza todas as Mulheres Rurais, que juntamente com o grupo familiar, produzem o alimento para a soberania do município, estado e país.

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“Elas multiplicam a vida e tornam nossos dias mais felizes. A todas mulheres que lutam, produzem, crescem e se destacam na sociedade, deixamos nosso reconhecimento e admiração.
Um Grande abraço à todas”, parabenizou Fernandes.

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Mulheres rurais em eventos no Sindicato dos Trabalhadores

As fotos que ilustram essa reportagem são dos inúmeros momentosa de confraternização das mulheres do sindicato. Há dois anos sem eventos, fica a justa homenagem às mulheres rurais de Alegrete.

Hoje as mulheres com atuação no agronegócio já ocupam 43% da força de trabalho, porém muitas almejam alcançar melhores resultados no setor, por meio de investimentos em aperfeiçoamento profissional e melhoria do acesso à tecnologia. 

Diante de um cenário promissor a participação mais efetiva da mulher no meio agro, iniciativas com foco na transformação social e na valorização da presença feminina no campo se tornam imprescindíveis.

Quando questionadas sobre suas perspectivas para o futuro, as mulheres rurais participantes de um estudo recente demonstram otimismo, ao revelar que pretendem crescer na atuação no agronegócio e se aprimorar tecnicamente. Nenhuma delas demonstrou descontentamento com a profissão ou o desejo de sair da área. Assim, é preciso criar mecanismos de fomento a maior participação da mulher no campo, com vistas a melhoria  do acesso a cursos de formação, aperfeiçoamento e capacitação.

Historicamente, nada foi fácil para as mulheres trabalhadoras rurais, que enfrentaram muitas dificuldades, machismos e abusos até serem reconhecidas como verdadeiras protagonistas do campo e merecedoras de igualdade. Infelizmente, elas ainda sofrem com muita violência e indiferença, e a estrada ainda é longa para o total reconhecimento.

São agricultoras familiares, assalariadas rurais, comerciantes, artesãs, extrativistas, empregadas domésticas, dentre outras profissões contempladas, que assumem responsabilidades e representam uma força integrante e vital nos processos de desenvolvimento do campo, chave para o progresso socioeconômico.

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A data foi consagrada na 4ª Conferência da ONU sobre a Mulher, realizada em Pequim, China, em setembro de 1995, quando foi levantada a necessidade de todos os países dedicarem mais atenção à Mulher Rural. Porém, apenas em 2007 a Assembleia-Geral das Nações Unidas, através da sua Resolução 62/136, da ONU, passou a considerar o dia 15 de outubro como Dia Internacional da Mulher Rural. A primeira comemoração, porém, só aconteceu em 2008.

Por isso o dia 15 de outubro significa um divisor de águas para um novo cenário que vem se descortinando nas expectativas das mulheres agro.  Para fomentar a maior participação da mulher no agronegócio, é necessário ouvir atentamente o que as mulheres rurais pensam sobre o futuro das suas profissões e incentivar mudanças na sociedade, como meio de se atribuir à mulher do campo a representatividade a que faz mérito.

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