
Assim sintetizou Cleideleni Pereira de Almeida, moradora de Tauá, Ceará, que embarcou em uma viagem de ônibus que durou cerca de 60 horas para conhecer Matteus Amaral, vice-campeão do Big Brother Brasil 24. A decisão dela não foi impulsiva, mas sim uma jornada planejada e carregada de significados pessoais.
“É uma dor eterna”, diz mãe que perdeu o filho horas depois do seu nascimento
A motivação para essa longa viagem começou na reta final do programa, quando Cleideleni passou a acompanhar Matteus Amaral. Ela se identificou profundamente com a história de vida de Matteus e sua mãe, Luciane Amaral, devido às similaridades com sua própria trajetória como mãe solo. Abandonada quando sua filha tinha apenas três meses, Cleideleni viu em Matteus e Luciane uma fonte de inspiração e força.


Cleideleni não fez essa viagem sozinha em termos de apoio. Ela comentou na redação do PAT, durante uma entrevista exclusiva, que estava acompanhada dos amigos de Matteus, Alerrandro Machado e Iva Aquino, e de uma das administradoras do grupo QG Bha Matteus, Tania Romano.
Durante seu percurso de Tauá a Alegrete, Cleideleni contou com o suporte das administradoras do grupo de fãs de Matteus, o QG Bha Matteus. Entre as apoiadoras estavam Tania Caminha e Daiane de Alegrete, e dois gaúchos residentes no Rio de Janeiro, Degas e Luci.
Cerimônia de despedida a motorista de aplicativo comove colegas, amigos e familiares
Ao chegar em Alegrete, Cleideleni se hospedou no Hotel São Jorge, onde encontrou Matteus na noite de segunda-feira. O encontro foi marcado por emoção e gratidão mútua. Matteus expressou seu agradecimento pelo apoio recebido, destacando a importância de seus fãs em sua jornada até a final do programa. Ao ver Matteus, ela o abraçou e, em poucos minutos, falou sobre sua admiração e contou sua trajetória. O gaúcho não conteve as lágrimas. “Eu pensei que tivesse feito uma grande demonstração de amor por viajar 18 horas até a Isabelle, imagina você” – disse.




Já Luciane, como estava para o interior, o encontro ocorreu na noite de terça-feira(18), já na Estação Rodoviária, pois Cleide aguardava o horário do ônibus para retornar para sua cidade e enfrentar mais cerca de 60h.
“Se tiverem oportunidade, não deixem passar” – ensina músico de Alegrete, atualmente no Paraná

Cleideleni, que é pessoa com deficiência (PCD) devido a um diagnóstico neurológico, compartilhou detalhes de sua vida com Matteus. Em 2007, ela foi diagnosticada com um tumor que compromete metade de seu cérebro. Apesar disso, Cleideleni não se deixou limitar. Ela completou a faculdade de Pedagogia, tem mestrado em Psicopedagogia, é técnica em enfermagem e atualmente cursa Letras. Ela também comemorou estar livre de crises de epilepsia há dez anos.
Tania Romano, uma das administradoras do grupo de fãs, comentou sobre o apoio dado a Cleideleni durante sua jornada. Inicialmente, houve receio sobre a viabilidade da viagem, mas o grupo se uniu para garantir que tudo corresse bem. Tania relatou sua própria experiência de se envolver com o grupo de fãs após um período difícil em sua vida, destacando a capacidade de Matteus de inspirar e unir pessoas de diversas idades e histórias.



O grupo QG Bha Matteus conta com cerca de 900 membros, 40% dos quais são idosos. Para muitos, Matteus é visto como uma figura angelical, alguém que faz o bem e inspira positivamente.
A história de Cleideleni é um exemplo de determinação e da capacidade de encontrar inspiração e apoio em figuras públicas e comunidades de fãs. Sua jornada para conhecer Matteus e Luciane Amaral não foi apenas uma viagem física, mas um testemunho de resiliência e conexão humana.