Julier, do Passo Novo, o guri do pão caseiro

Julier Freitas de Quadros é cria do Passo Novo. Ele trabalhou na portaria do Instituto Federal Farroupilha, local onde estudou sobre vendas.

Com um perfil empreendedor, Julier já vendia perfumes e produtos de limpeza. No final de 2016, foi demitido e junto com a família resolveu mudar de vida. Em abril de 2017, convidou a esposa Juliane Nascimento de Quadros, os filhos Endric, Luizy e Lavínya para morarem em Alegrete. Ainda no período do seguro-desemprego ele ficou indeciso sobre o que iria vender no município. Com a recissão, acabou adquirindo uma Belina.

A ideia era empreender. Num belo dia, a esposa Juliane fez cinco cucas e ele saiu para oferecer aos vizinhos no bairro Vila Inês.

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“Na minha primeira experiência, vi que podia dar certo. Vendi cinco cucas rapidinho. Entendi que poderia dar certo”, relembra Julier.

O casal acabou testando uma receita de pão caseiro, que o tio de Juliane, de Quaraí, havia mandado e o resultado agradou a todos da família. Mais uma vez o faro de empreendedor falou mais alto e Julier teve a certeza que seria um ótimo produto para comercializar.
Com produção inicial de biscoitos no saquinho, assados no forno elétrico e tudo feito manualmente, ele começou a vender direto nas lojas e bairros.

Num trabalho de porta em porta, logo no primeiro verão acabou desistindo, com a diminuição nas vendas e sem capital não teve recursos para produzir.

Mas empreendedores nato, Juliana e Julier começaram a fazer os pães grandes para chamar atenção e deu certo. Foi numa esquina da Andradas próximo a Bom Preço que ele cativou uma grande clientela. A Belina era sua fiel companheira nas vendas.

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Com o tempo o carro começou apresentar problemas mecânicos e o deixava na mão. Julier saía vender pão num carrinho de mão, onde acondicionava os produtos em caixas. Numa conversa com seu irmão, descobriu o carro do pai que estava parado numa garagem. Um Monza 82, entrou em ação e até hoje acompanha ele nas vendas.

Mais uma vez, Julier foi valente, com a pandemia o movimento caiu no centro. Foi então que lembrou de quando abastecia no posto Buffon da Assis Brasil. Possuía amizade com os frentistas e um deles deu a ideia dele vender os pães no local.

Uma conversa, o gerente o autorizou. No Buffon foi um novo recomeço daquele que nunca desistiu. Mas surgiu a rotatória, que acabou com o fluxo de pessoas paradas no sinal. Foi então que mirou na sinaleira da Praça Nova, que também acabou afastando o comerciante por outra rotatória.

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Atualmente ele vende os pães na sinaleira da Galeria Alegrete entre a Avenida Dr. Lauro e Barão do Cerro Largo e no semáforo entre a Bento Manoel e Brigadério Oliveira.

Julier conta que escolheu esses pontos, pois acreditou que poderia dar certo. Porém, credita a Deus que direcionou ele. Uma coisa sem explicação, destaca.

“Hoje é bem diferente graças a Deus que está sempre nos direcionado, adquirimos alguns equipamentos e a produção é mais tranquila”, afirma. Ele já se prepara para uma possível nova rotatória na galeria Alegrete. A criação de uma logomarca do produto “Guri do Pão”, é um projeto pensando na evolução da empresa.

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A família já sonha em ter uma loja física com todos os mix de produtos. Mas o “Guri do Pão”, diz que tudo será no tempo de Deus, assim como sempre foi na sua vida. Afinal, hoje ele tira o sustento da família com a venda dos pães caseiros e sobrevive do trabalho nas sinaleiras.

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Marcelo Modesto

Excelente vendedor, muito carismático e vende um pão de ótima qualidade. Parabéns “Guri” segue na luta que vc merece.