Mais que uma árvore, o simbolismo de uma vida está presente no Ipê branco do Parque

O Ipê branco plantado no parque Rui Ramos, em homenagem ao alegretense João Antônio Araujo Leal, carinhosamente conhecido por "Macaco", recebeu cercado e uma placa que indica que, ali estão parte das cinzas de um dos maiores desportistas de Alegrete.

O radialista Lelo Carvalho, da Rádio Nativa FM, amigo de João Antônio, foi o responsável por colocar a placa, enviada Diego Leal – filho do Macaco – que reside no Rio de Janeiro, além de contar com a ajuda de outro amigo em comum, Taxinha, que é marceneiro.

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Lelo citou que, desde dezembro, vai ao local onde o IPê foi plantado e para regar e cuidar. “Escolhemos o Ipê branco pelo simbolismo da paz. E, com esse cuidado, também estamos contribuindo com a Natureza. Neste caso, todos amigos e admiradores do Macaco podem vir aqui, onde parte das cinzas foram colocadas na terra, no dia 23 de dezembro 2021, quando o Ipê foi plantado. A outra parte(das cinzas), está no Ibirapuitã” lembrou.

O plantio

A homenagem, no dia 23 de dezembro, contou com a presença de familiares, amigos, atletas e ex-atletas. O filho, Diego Leal, estava com as cinzas do pai para a homenagem na terra natal. 

O filho Diego agradeceu todos e bastante emocionando não conteve as lágrimas. O plantio do ipê foi coletivo, cada um colocava um pá de terra enquanto o filho jogava as cinzas do pai sobre o pé da planta.

Ao final do plantio da árvore, balões brancos foram soltos e sob uma forte salva de palma e gritos de “Macaco”, ecoaram sobre o parque. Momento de muita emoção entre os presentes que trocaram abraços. O ipê foi plantado em frente ao portão principal do estádio Farroupilha, próximo à sede do Clube Atlético Sete de Setembro, locais onde Macaco marcou muitos gols, transmitiu muitas emoções e foi muito feliz.

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Um pouco mais sobre a história do Macaco

O alegretense João Antônio Araujo Leal era conhecido como Macaco branco. O apelido, de forma muito peculiar, como ele, foi capa em vários jornais há muitas décadas devido a uma brincadeira.

Em uma das viagens à praia, João Leal, colocou como carona, um Macaco quase que tamanho de uma pessoa adulta, mas este não era “de verdade”. Contudo, por onde passava, aquele “animal” enorme chamava atenção e ele inclusive foi parado em uma biltz.

Em uma das últimas passagens em Alegrete, como sempre fazia anualmente, nas festas de final de ano que ele realizava com o amigo Antônio Edson Becon Pereira, Macaco esteve na redação do PAT onde narrou o ocorrido.

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João Leal, foi funcionário da Caixa econômica Estadual, até o fechamento da agência. Posteriormente, passou a atuar no SindiCaixa, onde trabalhou em Porto Alegre. Ele deixou esposa, Maria Helena Leal e três filhos. Um que reside no Rio de Janeiro e outros dois na Dinamarca. Assim como, netos.

Macaco foi um dos fundadores da Associação dos Cadore, assim como, foi um dos idealizadores do encontro que reunia, no início os ex-atletas do Flamenguinho e começou com cerca de 30 pessoas e na última comemoração, tinha mais de 300 pessoas, de vários locais do Brasil.

Macaco, era Canudense de coração, tinha uma legião de amigos e parceiros e deixou um legado muito lindo, de amor, companheirismo e cumplicidade.

No dia 4 de março de 2021, a quinta-feira ficou cinzenta com a morte do alegretense ocorrida no Rio de Janeiro.

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