
“O Outubro Rosa não é só em outubro, é todo dia. É você se cuidar, conhecer seu corpo e não deixar que a doença vença. É enfrentar o medo e a insegurança e seguir em frente”, é com essa mensagem otimista que conversamos com uma mulher que mostra superação para vencer o jogo mais difícil da vida dela.

A alegretense Cátia Simone de Almeida é uma determinada padelista que encontrou no esporte forças para superar aquela considerada a maior batalha da sua vida.
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No dia 26 de agosto de 2020, Cátia descobriu um nódulo no seio, a coceira já era intensa e ela correu rapidamente por procura médica. O diagnóstico foi de um câncer de mama que já estava enraizado.
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“Meu mundo caiu. Até porque minha irmã já havia sofrido com essa doença”, relembra Cátia. A entrevista numa mesa no Match Point, foi realizada minutos antes dela iniciar mais um treino de padel no clube alegretense. Em pouco menos de meia hora ela relatou e revelou momentos de tristeza e alegria.
Cátia em uma sessão do tratamento médico Cátia com um dos troféus conquistados Cátia recebeu até um certificado do hospital
Já foram duas cirurgias e 16 sessões de quimioterapia. A última e comemorada, foi dia 23 de setembro, e ela continua firme jogando o esporte que considera uma das principais forças que a mantém de pé até hoje.

“As mulheres precisam se cuidar. Eu achei que fui negligente comigo mesma. A gente acha que não vai acontecer, mas não é bem assim. Se cuidem”, fala uma empoderada mulher que hoje sabe mais do que ninguém a importância do auto-cuidado na saúde.
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Cátia diz que o Match Point é sua segunda família. O filho Luis Felipe já treinava pádel, e nas idas e vindas ao clube, ela resolveu se aventurar com uma raquete na mão. Não deu outra, virou atleta e graças ao padel consegue forças para superar o tratamento.

“O exercício físico te levanta. Tu tá mal e logo muda”, ensina Cátia, como um mantra nos momentos mais difíceis, ela foi para quadra e vence cada set de um jogo que ainda está em andamento.
No início, as náuseas obrigavam ela falhar os treinos, mas no decorrer das sessões encarava uma semana de treinos sem faltar um dia. Colocava um turbante na cabeça por conta do cabelo que caiu e ia para quadra sem esmorecer.

“Eu sentia uma vibração diferente. Saio das aulas realizada e energizada. Me sinto bem praticando padel”, comenta Cátia. Nos cinco torneios disputados, ela já venceu dois, um acabou como vice-campeã. Na estreia fez dupla com o filho Luis Felipe na categoria iniciantes. Cátia cita a professora Vera Palma, fiel instrutora, que faz um papel importante na vida dela. O incentivo, o carinho e até cuidar do Luis Felipe em casa. “A professora Vera é fundamental nesse processo todo. Devo muito a ela. Só gratidão”, destaca Cátia.


O marido Luiz Cairo de Almeida é um torcedor nato, apoia Cátia a cada raquetada. E assim, a cada treino ela sente-se bem e que pode melhorar ainda mais.

Já está pronta para iniciar as sessões de radioterapia, será mais um set a ser vencido com a força e determinação de uma mulher padelista que sabe ultrapassar as adversidades da vida.