Mulher presa em Porto Alegre usava informações de antiga facção para atacar rivais

Suspeita de 27 anos trocou de facção e passou a utilizar informações para realizar ataques contra antigos comparsas. Esquema estaria por trás de diversos homicídios na Capital.

Uma mulher de 27 anos foi presa por suspeita de organizar e participar de vários homicídios em Porto Alegre. Considerada uma das criminosas mais procuradas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, a presa tem ligações com duas facções criminosas que atuam na região, e segundo a polícia está por trás de um grande número de ataques e mortes ocorridas na Capital.

Ela foi presa preventivamente na última quarta-feira (19), no bairro Rubem Berta. A prisão só foi divulgada neste sábado (22) pela Polícia Civil.

“Essa prisão mostra-se extremamente importante. A suspeita, por conhecer internamente sua antiga facção, executava ataques frequentes e pontuais a seus ex-comparsas. O que motivava ainda mais retaliações por parte deles, e um incessante conflito, que esperamos estancar agora com tão importante prisão”, explica o delegado da 5ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP), Daniel Queiroz.

Como ela agia?

Segundo a 5ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa, investigações apontam que no final do ano passado, a mulher presa mudou de facção criminosa, passando a integrar grupo que antes era rival.

Dessa forma, identificava os alvos e organizava ataques contra a facção que integrava anteriormente, usando informações internas privilegiadas, como localização e função dos antigos comparsas.

“A facção ‘traída’ passou a também efetuar ataques contra a nova facção da suspeita. Causando um intenso conflito, resultando em elevado número de óbitos na Zona Norte de Porto Alegre”, descreve a polícia civil.

A própria suspeita sofreu pelo menos dois ataques da antiga facção. Conforme a polícia, ela mudava de endereço constantamente, para dificultar sua localização.

Segundo o delegado Queiroz, o envolvimento da suspeita no crime é antigo. Em depoimento, ela não respondeu aos questionamentos dos investigadores.

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