No Natal, quanto menos fogos, melhor; tanto os humanos quanto os animais agradecem

Com a chegada do ano novo, as festividades de Natal e réveillon tornam-se temas em destaque, especialmente a tradicional queima de fogos.

Fogos de artifício
Fogos de artifício

A discussão em torno dos fogos de artifício ganha relevância devido ao desconforto que eles causam aos animais de estimação, especialmente cães e gatos, que frequentemente se incomodam com o barulho das explosões no final do ano. Veterinários ressaltam que os cachorros, por exemplo, têm uma audição quatro vezes mais sensível que a dos humanos, tornando-os mais propensos a sofrerem com ruídos intensos. O estresse gerado pelo som alto pode levar os animais a fugirem, desenvolverem problemas psicológicos ou, em casos extremos, resultar em situações fatais.

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Animais de estimação com predisposição a problemas cardíacos requerem cuidados adicionais. É essencial adotar precauções básicas, como fechar portões para evitar fugas e utilizar calmantes caseiros com cautela, como chás de camomila, lavanda e valeriana.

A lista de orientações inclui o fechamento de portas e janelas para abafar o som externo. É recomendável levar o animal para um local onde ele se sinta seguro e distraído, minimizando a atenção ao barulho dos fogos. Tutores com telas de proteção nas janelas devem monitorá-las durante as festividades para evitar acidentes.

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Para animais extremamente estressados, inserir um chumaço de algodão nos ouvidos é uma opção. No entanto, a administração de calmantes requer a orientação de um veterinário para evitar efeitos colaterais devido a dosagens inadequadas. Em casos de possível fuga, colocar uma coleira com os dados do animal é uma medida preventiva eficaz. Os fogos de artifício com ruídos também trazem sofrimento para diversas pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), idosos e pessoas com enfermidades.

A Lei:

A proibição de fogos de artifício com ruído em Alegrete, teve início com a ex-vereadora Vanda Dornelles (PP), que não obteve aprovação na época. No final de 2020, casos de cães enforcados em correntes foram registrados devido ao desespero causado pelo barulho. O ex-vereador Fábio Perez, conhecido como Bocão (PP), retomou a pauta e conseguiu a aprovação da lei complementar 068 em julho de 2021, que proíbe fogos com ruído no município. Este será o terceiro ano em que a lei estará em vigor, justificada pela conscientização do impacto do barulho em cães e pessoas com autismo, uma causa defendida pelo vereador, que tem um filho com a síndrome. A preocupação agora é com a fiscalização, que deve ser realizada pela Prefeitura Municipal, e a população pode denunciar casos de descumprimento. Em casos de crime, a orientação é acionar o 190.

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