Oportunidades existem – mas é preciso muito trabalho – ensina uma confeiteira de sucesso

Uma paraense que está há 20 anos em Alegrete com um história de muito sucesso e ascensão.

Muitos alegretenses que estão em outros países, estados e cidades foram em busca de novas oportunidades de trabalho e uma das queixas recorrentes é a falta de empregos em Alegrete, porém, a entrevista com Ana Lucia Barbosa Fernandes de 47 anos, enfatiza o quanto também é possível empreender na 3ª Capital Farroupilha.

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A confeiteira e instrutora de confeitaria, também, é uma grande abnegada e faz um trabalho grandioso há mais de 5 anos no asilo Residencial Geriátrico Viver( Projeto Solidarize Baita Chão), além de muitas outras ações solidárias, como na Apae, para mulheres que necessitam de um incentivo para começar um trabalho para obter renda(projeto Mulheres levantam Mulheres), entre outros.

Devido a trajetória dela na cidade, o PAT vai destacar como foi o início e como ela avalia essas duas décadas, em Alegrete.

O início

Ana disse que veio para Alegrete em 2002, para trabalhar no área da comunicação, onde atuou por mais de um ano. Foi neste período que conheceu o ex-marido Iauri Dias, com quem teve um relacionamento de 18 anos e dois filhos, Anita de 17 anos e Iago de 9 anos.

Ela pontua que à época, Iauri era vereador e trabalhava também na área da comunicação. Depois, por problemas de saúde dele, ela precisou fazer algo para dar o suporte financeiro à casa, principalmente em razão da primogênita do ex-casal que ainda era muito pequena.

“Eu nunca me imaginei fazendo o que faço hoje, não sabia nem ao menos fazer um bolo”- destaca Ana que também é professora em uma Instituição na cidade.

Mas a necessidade, fez com que ela iniciasse com a venda de pastéis, que eram realizadas de porta em porta. ” O começo foi muito difícil, falo para minhas alunas e outras pessoas que estão buscando o seu espaço, que muitas vezes saía com 20 pastéis e voltava com 19, mas eu não desistia, tenho muita gratidão pela minha filha, pois ela foi a razão desse início por ter me fortalecido nos dias mais difíceis”- comenta.

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A confeiteira, recorda que foram cerca de seis anos até que pudesse dizer que já estava com uma certa estabilidade diante da clientela que hoje corresponde a 576 pessoas que fazem parte da caderneta fixa, além das Unidades militares e outros clientes como uma bombonierie(Delicatti).

“Aos poucos fui ocupando meu espaço, comecei com os pasteis e bolos, depois fui me aperfeiçoando e estudando muito até entrar para uma Instituição onde estou há quatro anos dando aula, ou seja, ensinando novos colegas. As possibilidades foram aumentando e passei a fazer bolos de aniversário, bolo no pote e tantos outros salgados que são hoje, os responsáveis por minha renda. Atualmente tenho orgulho de dizer que estou terminando de pagar a última parcela do meu carro, somente com meu trabalho e a ajuda indescritível da minha filha, que atualmente é minha sósia”- explica.

Ana já formou mais de 100 alunos e acrescenta que já recebeu propostas para sair de Alegrete, mas não vê essa possibilidade por tudo que ela conquistou aqui e vê que ainda pode crescer muito mais. Por várias vezes enfatizou que tem mais de 576 motivos para permanecer na cidade, assim como, os mais de 100 idosos do asilo que está sempre ajudando com ações sociais.

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A confeiteira e empreendedora também faz oficinas voluntárias em instituições e entidades, realiza palestras em escolas e ainda tem um projeto de colocar uma cozinha comunitária.

A filha

Ana é incisiva ao falar que Alegrete é um local muito acolhedor e hospitaleiro que há muitas opções de crescer e empreender, mas para isso é preciso muito trabalho e dedicação. Por esse motivo, entra um dos grandes e mais importantes suportes que ela tem, a filha Anita.

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Desde pequena, a também empreendedora, auxilia a mãe. Anita sempre gostou de aprender e ajudar, iniciou cedo a sovar massa e saía com a progenitora para vender os pasteis, tanto que Ana recorda que chegou a ser denunciada ao Conselho Tutelar por levar a filha em dias quentes, para fazer as vendas, mas não havia outra opção. “Disse, se eu tiver a oportunidade de ficar sentada no ar-condicionado com ela, sem problemas, mas a exposição que faço em levá-la comigo, não tem nada de errado, está bem alimentada, com protetor solar, levo água”- recorda sobre o desconforto.

Mas todas essas ações fizeram de Anita, uma pessoa muito visionária e com o passar do tempo foi assumindo algumas tarefas e hoje, enquanto a mãe está com a encomenda de 7 mil salgadinhos para o final de ano, ela tem a 5 mil doces para fazer.

“Somos eu e ela, e conseguimos dar conta de tudo, mesmo que muitas vezes o tempo seja muito apertado, eu durmo quatro horas no máximo e se precisar, menos. Mas nada me cansa, pois amo o que faço. Anita é aquela que cuida também dos detalhes, ela fez um cadastro para cada cliente, sabe a data de aniversário de cada um, é responsável por uma Feira, realizada uma vez por semana, um grande diferencial. Hoje, tudo o que ela coloca nas redes sociais, em pouco tempo, já está sem nada”- informa Ana.

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A empreendedora também cita que não é difícil começar, independente do valor, é preciso organização, saber que, se fizer 20 pastéis e não vender todos, no próximo dia é preciso fazer mais 20, e ter uma margem de lucro, do mesmo jeito ter um produto de qualidade para o cliente, o que vai fidelizá-lo.

Para finalizar, ela acrescenta que ainda tem muito “chão” pela frente e está sempre em busca de novos projetos. “É muito gratificante todas as ações voluntárias, o reconhecimento pelo nosso trabalho, eu acredito muito em Alegrete e vejo hoje como meu lar, não sou alegretense, mas meu coração já é e sou muito grata a essa cidade por tudo, bem como a todas as pessoas que são o meu suporte também, ou seja, meus clientes.”

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