Pessoas com um século cada vez aumentam mais: Guiomar aos 102 anos ainda costura

É indiscutível que os centenários vivem muito porque são incomumente saudáveis. Eles permanecem com boa saúde por cerca de 30 anos a mais que a maioria das pessoas.

Chegar aos 100 anos pode ser o desejo de muita gente, mas mais importante do que completar um século de vida, é viver muitos e muitos anos com saúde e disposição. Embora nenhum país tenha uma expectativa de vida tão alta, algumas pessoas conseguem driblar as estatísticas e ter uma velhice longa e saudável.

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Não existe uma fórmula mágica, o que existem são alguns ensinamentos que podem ser seguidos, principalmente vindos de quem conseguiu tal proeza de forma satisfatória.

No caso da alegretense Guiomar Oliveira Melo, que está com 102 anos e já destaca que vai completar 103 em 29 de junho, o maior segredo de todos é nunca “se incomodar” com nada. Ela disse me entrevista ao PAT, que nada a aborrece, tudo sempre está bem e, se não está, ela não valoriza.

Com muita saúde e disposição, ela destacou que sempre amou costurar e faz isso até os dias atuais, reclamou um pouco de uma pequena dificuldade em colocar a linha na agulha, mas nada que não tenha sido resolvido com óculos.

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Em sua casa, muito gentil, ela com toda sua vitalidade lamentou que nunca tenha se aventurada em uma bicicleta. “A única coisa que lamento é que não aprendi a andar de bicicleta. Hoje, penso que se tivesse uma iria andar por toda cidade com muito mais rapidez, embora faça isso de ônibus ou a pé, pois gosto muito de caminhar”- ressaltou.

Guiomar disse que nasceu no Durasnal e viveu com os pais adotivos na Encruzilhada, ajudava em todas as lides e, como acreditava que o tempo não podia ser desperdiçado, aproveitava muito, amava os bailes que eram realizados nas fazendas e pontua que sempre dançou muito, algo que era apaixonada. Casou-se, na visão dela, já com mais idade que as demais jovens da época, aos 27 anos. O esposo trabalhava no interior e ela residia no bairro Ibirapuitã, mesmo assim, o acompanhava na lide quando era possível, pois já costurava e tinha muitas encomendas, muito trabalho. Para a alegretense, não tinha tempo ruim, ela trabalhava em tudo que era necessário e lembra do período em que saia de casa e caminhava vários quilômetros até a Jararaca onde buscava lenha. “Vinha com um cesto na cabeça”- recorda.

Ao ser questionada sobre como avalia o período em que era jovem e os dias atuais, acrescenta que o valor de tudo, agora, está muito elevado, ela tem a ideia que antes tinha muito mais fartura na mesa de todos, contudo, avalia que tudo que viveu foi muito bem vivido até agora, por esse motivo, não lamenta e não sente falta de nada. Viúva há mais de 30 anos, reside no bairro Tancredo Neves na mesma casa e não abre mão do seu espaço. O sobrinho que é filho de coração, tem moradia nos fundos. “Eu não tive filhos biológicos, mas Paulo Roberto é meu filho, peguei ele pra criar com dois anos” – comenta.

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Guiomar fala com tranquilidade e satisfação que sempre que deseja coloca o pé na rua e vai onde tem que ir: mercado, farmácia, familiares, amigas, igreja, entre outros. Evangélica, pontua que a Igreja foi uma aliada para que ela pudesse conhecer um pouco mais o Estado e outras cidades, pois em excursões teve o privilégio de viver a graça de conviver com outras pessoas, auxiliar e muito mais. Uma apaixonada por doce, em especial pudim, responde que não tem nenhuma privação em sua alimentação, mas não abre mão de colocar suas “chapoeiradas” no mate, algo que faz regularmente todas as manhãs. Já em relação ao sono, informou que dorme por volta das 22h, porém, tem dias que acorda na madrugada, mas geralmente fica na cama até por volta das 8h. “Eu sou do tempo que a mulher andava sentada no cavalo, não era na mesma posição que o homem” – destacou.

Sem nenhum problema de saúde, citou que teve uma anemia nos últimos meses, algo que foi diagnosticado pelos exames que realizou por meio de solicitação do médico do ‘postinho’, mas fora isso, tudo estava muito bem.

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A relação com a costura que é um ofício desde os 15 anos, é algo que ela deseja manter até quando for possível, mesmo que sejam costuras para os de casa, pois também foi algo que a ajudou conhecer muitas pessoas e ela conclui: sempre tive sorte, todas as pessoas que conheci e que convivi, todas sempre gostaram de mim.

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Everton de Oliveira Dorneles

Muito costurou pra mim e para todos nós…
Tia china como é chamada carinhosamente por todos nós da família…
Quando era pequeno minha avó morava ao lado… Me criei ali…
Eu gritava china china abi o putão (seria o portão) kkk… Bons tempos…