A comovente história da venezuelana que escolheu Alegrete para viver com três filhos

Marlyn veio para fugir da crise que assola seu país.

A história da venezuelana Marlyn Perez é uma verdadeira saga, desde que deixou o seu país e veio para Alegrete em agosto de 2022. Ela está divorciada e com os três filhos moravam na cidade de El Tigre, estado de Anzoátegui.

No meio de crise sociopolítica que assola aquele país, a enfermeira formada, diz que chegou a trabalhar em quatro lugares -em hospital, fazendo unhas e bolos para tentar sustentar os filhos. E, mesmo assim, diz que mal dava para comprar uma sacola de pão.

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Os seus pais já tinham vindo para Boa Vista, capital de Roraima em 2019, e ela e os filhos começaram a entrar em desespero tentando sair da Venezuela diz, com sotaque espanhol, a mulher que a cada dia se adapta mais e mais em Alegrete.

Conta que seu irmão, José Ramon, veio parar em Alegrete dentro do cadastro que faziam a imigrantes que queriam trabalhar. E que o empresário Sergio Beviláqua( in memoriam) contratou seu irmão que trabalhou com ele e continua aqui na cidade.

Nesse meio tempo, ela e a mãe tiveram Covid-19, ainda na Venezuela. A mãe de Marlyn não resistiu. “Meu mundo acabou, pensei em morrer, meu pai se desesperou e veio com uma igreja cristã para Alegrete. Marlyn diz que ficou sozinha em seu país tentando entrar no Brasil e como havia pandemia a fronteira estava fechada.

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“Eu andei por florestas e estradas com meus filhos, à noite, com medo de ser morta até conseguir chegar à fronteira com o Brasil em dezembro de 2020”.

“Meu pai e meu irmão já estavam aqui e Ramón fez um pedido à Polícia Federal para que eu pudesse vir para cá, com objetivo de reunir à família. E graças ao plano de acolhimento do governo anterior do Brasil, consegui chegar em Alegrete em agosto do ano passado”- comenta. Descreve que em Boa Vista, capital de Roraima, como tem muitos imigrantes a situação não é fácil e chegaram a morar em casa de chão batido.

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Em Alegrete, Marlyn trabalha como manicure e diz que foi bem acolhida, melhor que em Boa Vista, e nem pensa em voltar ao seu país. Espera conseguir validar seu visto e ficar trabalhando e vivendo com seus três filhos na cidade. Todos se adaptaram bem e como estavam há mais de dois no Brasil aprenderam falar português. -Mas entre nós é só espanhol, salienta.

Mas a venezuelana, que a cada dia aprende a gostar da cidade, ainda tem forte sotaque espanhol e salienta que estar trabalhando em segurança e com os filhos é o que mais importa.

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Nelson Assumpção dos Santos

Que essa mãe consiga se adequar ao interior e tomará que receba toda oportunidade