Semana Arrozeira |Heinze e Mourão debateram desde o plano safra até invasões do MST

Na noite de sexta-feira(2), os senadores Hamilton Mourão e Luís Carlos Heinze participaram da Semana Arrozeira, sendo saudados pelos apoiadores do evento.

A 14ª Semana Arrozeira de Alegrete encerrou seu roteiro de palestras na noite de sexta-feira com a presença dos senadores Luiz Carlos Heinze e Hamilton Mourão, que abordaram temas relacionados ao agronegócio. A plateia estava atenta para acompanhar a participação dos senadores e discutir assuntos importantes, como o Plano Safra, Reforma Tributária, desmatamento, marco legal e invasões do MST.

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O produtor Henrique Dornelles, ex-presidente da Associação dos Arrozeiros de Alegrete e da Federarroz, atuou como moderador durante o evento. Logo na abertura, Henrique deu espaço para que os senadores fizessem suas manifestações iniciais. O senador Heinze destacou os assuntos em pauta, como o Plano Safra, a queda nos preços e os custos de produção. Ele ressaltou que o setor agrícola enfrenta um dos piores momentos, com problemas de estiagem e uma das piores safras. Além disso, o senador demonstrou preocupação com a segurança no campo, as expropriações, os quilombolas e as ações do MST, pedindo o apoio de todas as entidades de classe e autoridades locais.

O senador Hamilton Mourão expressou sua satisfação com a participação das empresas de Alegrete no evento e elogiou o sucesso do agronegócio brasileiro. Embora não seja um especialista no assunto, ele reconheceu os desafios enfrentados pelos trabalhadores e produtores rurais. Mourão destacou a importância de evitar aumentos de impostos para o setor agrícola, afirmando que não se pode permitir que isso aconteça, especialmente em relação à produção de arroz.

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Durante o debate, o moderador Henrique Dorneles questionou os senadores sobre o Plano Safra e o caminho a seguir diante das incertezas em relação aos recursos, seguro e juros. O senador Heinze mencionou a falta de informações sobre o preço mínimo para o próximo ano e a situação fiscal desafiadora. Ele questionou a credibilidade do Brasil no mercado e declarou que não vê perspectivas de redução dos juros. Mourão acrescentou que o governo aumentou os gastos públicos, mas destacou que é necessário votar projetos importantes para o setor agrícola.

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A carga tributária, o desmatamento ilegal na Amazônia e o marco legal também foram temas abordados pelos palestrantes. O senador Mourão defendeu a abertura do diálogo com o setor agrícola e expressou preocupação com a reforma tributária, enfatizando a necessidade de reduzir a carga tributária e simplificar o processo.

Quanto aos licenciamentos e invasões de terras, o senador Heinze destacou a importância de resolver a questão da construção de mananciais em áreas de APP. Ele propôs a participação da iniciativa privada no sistema de barramento para garantir o abastecimento de água para a produção. O senador também mencionou a concessão de títulos de propriedade no governo Bolsonaro e a necessidade de regularizar a situação de outros produtores rurais que ainda aguardam suas escrituras.

A interferência do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal também foi discutida. O senador Heinze destacou que houve mais de 40 processos contra ministros do STF nos últimos quatro anos, mas que nenhum avanço significativo foi alcançado. O senador Mourão defendeu a construção de uma maioria para votar projetos de mudanças na Suprema Corte e limitar o mandato dos ministros, além de mudar o processo de escolha dos mesmos.

Em relação ao MST, o senador Heinze lembrou das ações de assentamento realizadas no governo Temer e Bolsonaro, mas ressaltou que ainda há produtores rurais aguardando suas escrituras. Mourão afirmou que o movimento de famílias sem-terra renasceu nos anos 80 no Rio Grande do Sul, e criticou a falta de prisões de membros do MST em comparação com outros casos.

O senador Luiz Carlos Heinze encerrou sua participação parabenizando a organização da Semana Arrozeira e destacando a importância da tecnologia e do plantio direto. Ele ressaltou que os desafios enfrentados pelo setor agrícola, como altas taxas de juros e investimentos em irrigação e barragens, não estão diretamente relacionados ao governo. Além disso, mencionou a importância da investigação da CPMI do 8 de janeiro e das ONGs que atuam na Amazônia.

O senador Mourão elogiou Alegrete e afirmou que estará no Senado para avançar nas pautas discutidas durante o evento. Ele também destacou a importância da CPMI do 8 de janeiro e afirmou que a CPI das ONGs criada no Senado começará a funcionar na semana seguinte, com o objetivo de investigar as ONGs que atuam na Amazônia e seu impacto na questão ambiental.

com informações Alair Almeida

Fotos Flávio Burin

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