Sindicalista Marcos Rossi participa de Seminário Nacional sobre amônia e NR 36 em São Paulo

As maiores entidades sindicais que representam trabalhadores da alimentação discutiram em São Paulo, as negociações coletivas da categoria. O evento também trouxe na pauta o uso da amônia nas fábricas e a NR-36 (Norma Regulamentadora).

As organizadoras do evento, Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins (CNTA), Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (Contac/CUT) e a União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação (Uita), dedicaram um dia para falar sobre os temas.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Alegrete, Marcos Rossi, esteve presente no importante seminário de nível nacional. A CNTA – Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins e a CONTAC-CUT – Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação da CUT, com apoio da UITA – União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação realizaram o Seminário Nacional sobre Negociações Coletivas, Amônia e NR 36, no último dia 18, em São Paulo.

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As entidades reuniram cerca de 150 dirigentes sindicais de, pelo menos, 20 estados brasileiros. O seminário ocorreu durante 9 horas, na Sede da FETIASP. Rossi destacou que o seminário abordou as negociações com apoio do Dieese (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), na parte da manhã. A exposição foi seguida de um debate. À tarde, o assunto foi sobre “Formação Sindical, com habilidades de comunicação com as mídias, as bases e a sociedade.”

Em seguida, o evento discutiu a NR-36, que traz um conjunto de regras pra garantir saúde e segurança aos trabalhadores em frigoríficos. Também foi apresentada uma proposta para harmonização da norma e exposição do grupo de trabalho. Discussão esta, que contou com convidados do Ministério do Trabalho e Emprego e o MPT (Ministério Público do Trabalho). No final do seminário, Doutor Roberta Ruiz, da FIOCRUZ, discutiu “A exposição dos trabalhadores ao gás de amônia e o efeito à saúde e a preocupação da transmissão da gripe aviária aos seres humanos.”

O presidente do STIAA, avaliou com muito importante o encontro. Se disse preocupado em relação a NR-36 que o governo propõe mudanças e podem interferir na segurança do trabalhador. Se mostrou favorável a nenhuma alteração na norma. Disse que as entidades sindicais vão bater em cima para que não aja nenhuma mudança. “Temos que apenas melhorar a NR, sem tirar, apenas aperfeiçoar de forma que blinde ainda mais o colaborador”, rechaçou Rossi.

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Outro ponto bastante discutido foi em relação a amônia. Marcos destacou a preocupação, já que os colaboradores do frigorífico estão expostos. O sindicalista disse que só no Brasil, neste ano, ocorreram 10 acidentes de trabalho com amônia e é preciso mais fiscalização.

“Estamos atentos, sabemos que muitas empresas mascaram esse tipo de acidente e vamos pressionar o Ministério do Trabalho, afim de proteger nosso trabalhador”, ponderou.

Além disso, Rossi sugeriu a organização aumentar os dias no próximo seminário. Após viajar 3.500km, ele diz que não é viável percorrer essa distância para apenas um dia de atividade. Segundo o presidente sindical, a demanda foi ouvida e, conforme avaliação final em São Paulo, será atendida.

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“Foi um momento de discutirmos presencialmente e nacionalmente temas que são muito urgentes para todos nós”, diz Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA. “Enquanto avança a discussão sobre a sustentabilidade do movimento sindical, nós, que representamos os trabalhadores da alimentação, nos preparamos para possíveis novos ataques à NR 36, a norma regulamentadora que garante saúde e segurança para aqueles que estão dentro dos frigoríficos. Também repercutiu os últimos incidentes envolvendo o gás amônia e os efeitos sobre a saúde humana, enquanto se discute a transmissão da gripe aviária em seres humanos, que é tema de pesquisa da Fiocruz, com quem estamos em contato direto. Além disso, falamos da importância, a abrangência e a horizontalidade das negociações coletivas, os desafios da comunicação no movimento sindical e a união das representações”, pautou Camargo.

Foto: reprodução

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