Soldadoras: sim, as mulheres estão entrando nesse reduto historicamente masculino

O mercado da soldagem, é conhecido por ser heterogênio. A mão de obra feminina está conquistando cada vez mais espaço em mercados de trabalho que anteriormente era dominado pelo gênero masculino.

Mesmo que a soldagem feminina seja vista, em sua grande maioria, como um trabalho de alta qualidade, o preconceito dentro da profissão ainda existe.

Quem nunca levou um susto ao ver que por debaixo da máscara de solda e da pesada roupa de proteção está uma mulher. Pois a cena que parece incomum está presente na vida de muitas delas. Apesar de parecer uma atividade pesada, ela chama a atenção de mulheres e é a profissão escolhida por poucas ainda.

Contingente deficitário da BM é desafio diário para garantir a segurança dos alegretenses

Entretanto, a soldagem não deixa de ser uma arte, e toda arte requer uma boa dose de perfeccionismo para que seja possível desempenhar um bom papel dentro da empresa, e isto as mulheres têm de sobra, além de foco na limpeza, na prática da segurança do trabalho e na preocupação, não apenas com a solda em si, mas com seu resultado final.

Uma das pessoas que vem se destacando neste ramo é Caciane da Silva Teixeira, de 43 anos. Ela atua na empresa do esposo, Metalúrgica Ibicuí.

A alegretense acrescentou que falar sobre a sua função é um reconhecimento do trabalho e destaca que tem muito orgulho fazer parte dessa, que é uma profissão identificada muito mais como masculina.

Filhos e familiares de vítima de feminicídio relatam o sofrimento de Nair ao lado do assassino

Caciana, cita que trabalhava como doméstica e depois passou a cuidar de idosos. Com o passar do tempo, o esposo precisava fechar a empresa para atender clientes do interior, foi quando ela passou a auxiliá-lo, ficando na loja para receber e falar com os clientes.

Como as metalúrgicas trabalham diretamente na construção de estruturas metálicas, o processo de soldagem é rotineiro para a produção de novas peças e, também, para a manutenção. 

Neste período, também despertou a curiosidade e passou a realizar alguns pequenos trabalhos, até solicitar ao esposo para que ele a ensinasse a soldar.

Era a minha oportunidade. Ele me ensinou a fazer o serviço e, para minha surpresa, não apenas com a técnica, mas com palavras de incentivo. Isso me ajuda muito.

Alegretense pratica e recomenda o artesanato sustentável; veja os produtos

O início, Caciane destaca que não é fácil, muitas vezes o marido tinha que segurar a sua mão, entretanto, quanto maior a dificuldade, mais desafiador e interessante é. Desta forma, jamais pensou em desistir, ao contrário, considera que tem ainda muito que aprender. “Estou no começo ainda, mas já penso lá na frente.”- finaliza.

Ela tinha apenas 1% de chance de ser mãe

Se inscrever
Notificar de
guest

0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários