Tratorista que perdeu emprego na pandemia descobriu um jeito muito mais criativo de ganhar a vida

Desde março,  com  o início da pandemia no Brasil, muitas pessoas tiveram que se reinventar. Muitas empresas ou atividades tiveram por alguns períodos suas atividades paradas devido determinação do Governo do Estado em relação ao Distanciamento Controlado ou medidas mais restritas em relação ao contágio do novo coronavírus.

Se esse período trouxe desafios sem limites para os empreendedores, trabalhadores e empresários, também é verdade que muitos usaram da criatividade e persistência para ir adiante.

A seguir o PAT vai descrever a história do alegretense Carlos Souza, de 51 anos. De acordo com a filha Jarla Souza, o pai trabalhava como tratorista  e durante a pandemia ficou desempregado.

Adaptando-se ao novo momento, Carlos se redescobriu ao fazer uma floreira com um aparelho de solda que encontrou em seus pertence. Ao ver a iniciativa do pai, Jala decidiu que iria ajudá-lo e teve a ideia de postar em seu perfil no facebook o trabalho realizado por Carlos. A invenção aliada à estratégia de marketing caseiro está garantindo o sustento da família e já rendeu a venda de mais de 100 exemplares.

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A iniciativa teve um resultado fantástico, muito mais do que eles poderiam acreditar. Pois, no outro dia, ao abrir sua rede social se deparou com várias mensagens de pessoas que ficaram interessadas no produto.

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Foi desta forma que pai e filha descobriram um  novo jeito de fazer dar certo e garantir o sustento da família. Jala ressalta que o pai confecciona, ela pinta  e faz o trabalho de divulgação. Atualmente eles têm uma página “Trabalhos em ferro artesanais Carlos Souza” onde ela expõe todos os trabalhos do alegretense.

“Para iniciar não tínhamos quase nada, era muito pouco material, mas uma vontade imensa  de fazer algo que pudesse dar certo e, depois da venda das primeiras floreiras tudo fluiu e ele começamos realizar outros trabalhos como: prateleiras, namoradeira, porta tempero, aparador, paneleiro e várias outras peças em ferro. Durante o primeiro mês deu pra comprar material e adquirir lixadeira, serra de cortar madeira e mais uma máquina para pintura.” – explicou.

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Atualmente, Carlos tem clientes não apenas em Alegrete como em outros Estados e Municípios. Jarla cita que já enviaram produtos para Santa Catarina, Manoel Viana, Uruguaiana, São Francisco de Assis, Quarai e Torres.

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“Nosso trabalho ganha um significado muito maior quando é reconhecido pelos nossos clientes, por isso, nós agradecemos muito. Saber que temos a confiança e preferência nos incentiva para continuarmos e buscarmos novas formas de satisfazer as necessidades de cada um.”- concluiu Jarla.

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Flaviane Antolini Favero