Um mês depois da maior tragédia que assolou o RS, são incontáveis os testemunhos de solidariedade

As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, no início de maio, transformaram diversas cidades em verdadeiros cenários de guerra.

Porto Alegre, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Lajeado e outros municípios sofreram com a devastação. Muitas famílias perderam tudo, enfrentando situações extremamente delicadas.

Diante dessa catástrofe, uma forte corrente de solidariedade se formou. Em todo o país e até fora dele, pessoas se mobilizaram para ajudar. A ajuda veio em várias formas, desde doações de alimentos, roupas e calçados, até ações voluntárias como a limpeza de casas e o apoio na recuperação de móveis e outros pertences.

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João Paulo Conceição, natural de Alegrete, foi um dos muitos voluntários na última semana. “Uma experiência que jamais vou esquecer na minha vida. Cheguei e me somei a outros grupos. É uma corrente de esperança de que eles não estão sozinhos. É o povo pelo povo”, relatou.

Ele descreveu a rede de solidariedade como algo muito marcante. A necessidade de tudo era evidente: água, comida, roupas. “Independente do que tivesse no caminhão eles queriam, pois tudo era importante.”

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Uma cena que o marcou profundamente foi a dos animais que morreram nas residências, muitos presos em grades e impossibilitados de escapar. João Paulo participou de ações de arrecadação, entregando parte dos itens, inicialmente para a Defesa Civil de Alegrete. E durante suas férias, resolveu contribuir ainda mais, indo para a capital com uma caminhão de doações entre alimentos, água e cobertas, permanecendo em São Leopoldo e Novo Hamburgo, por uma semana, onde a destruição também resultou em grandes perdas. Ele ainda auxiliou na limpeza das casas.

As doações que ele entregou foram possíveis graças a ajuda de amigos do Mato Grosso. A tragédia no Rio Grande do Sul completou um mês no dia 29 de maio, com o ápice das chuvas ocorrendo no dia 3 do mesmo mês. Desde então, a mobilização solidária não parou, demonstrando a capacidade de união e empatia da sociedade em momentos de crise.

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Essa corrente de apoio tem sido crucial para as vítimas das enchentes, mostrando que, mesmo diante das maiores adversidades, a empatia pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas.

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