Vídeo: medida judicial permite retirada de lixo e entulho de casa tomada pela imundície em Alegrete

Na tarde de ontem(19), a Prefeitura de Alegrete iniciou, mediante uma ação judicial, um mutirão de limpeza em uma residência particular, repleta de entulhos e lixos. No endereço, foram encontradas larvas vivas em vários locais.

A força tarefa coordenada pela Vigilância Sanitária, foi realizada depois de inúmeras tentativas de adentrar à residência, na região central da cidade, onde um homem vive de forma precária.

Uma decisão judicial autorizou o acesso da Prefeitura por meio da Vigilância Sanitária, Controle de Vetores, Sedetur, infraestrutura e Caps. A casa na Visconde de Tamandaré, quase esquina com a Demétrio Ribeiro, tem toneladas de entulhos. Na ação, também, estavam presentes três oficiais de justiça e a Brigada Militar.

O local insalubre já vem sendo monitorado há mais de três anos, segundo destacou o coordenador da Vigilância Sanitária do Município, Carlos Humberto Vasques Conceição . Entretanto, devido a dificuldade de acesso, pois o morador não permitia a entrada dos profissionais, além de vários relatórios referente às denúncias de moradores das adjacências, entre outros, um Termo de Ajuste de Conduta que já tinha sido emitido e demais agravantes, foi realizada a solicitação judicial.

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Assim que iniciou a ser cumprida na tarde de ontem, era quase inacreditável imaginar que um ser humano estava residindo no local. A casa com acúmulo de objetos, apresentava mau cheiro e sujeira, por toda sua extensão. O homem vivia num ambiente cercado de lixo.

O ambiente assustador, impactou a todos. O morador de 58 anos conhecido como Gaúcho, não impediu a ação das equipes, porém, inicialmente quando o lixo passou a ser retirado, ele tentou ficar no local para evitar que alguns objetos fossem colocados no caminhão. Foi necessário o uso de uma retroescavadeira para que parte do entulho fosse colocado nos caminhões.

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Carlos Humberto, acrescentou que a ação é algo relacionado à saúde pública e foi categórico ao destacar que o proprietário da casa realizava a venda de uma caipirinha de nome Parati e que esse produto será recolhido de todos os estabelecimentos.

“Fica a solicitação para que ninguém consuma essa caipirinha de nome Parati, o local onde era produzida é completamente insalubre, sem nenhuma orientação. Todas as pessoas correm um sério risco de intoxicação”- explicou.

O trabalho na casa deverá ter um prazo de, no mínimo, três dias para que todo o entulho seja removido. “Até mesmo caminhar dentro deste local é um perigo à vida. Encontramos cacos de vidro, larvas, muita sujeira, alimentos estragados, roupas e objetos com o mais variados acúmulos de impurezas. Parece absurdo considerar que alguém reside no local”- pontuou.

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A retirada do lixo está sendo feita em forma de mutirão por todos os órgãos devido aos mais variadas imundices encontradas na casa. Considerando que a infraestrutura disponibilizou o maquinário e os apenados que fazem parte do projeto PAC estão atuando no endereço.

O acompanhamento ao morador também está sendo realizado pelos profissionais do Caps.

Um dos maiores malefícios do acumulador é quando a pessoa se vê também refém da síndrome de Diógenes, um conjunto de sinais e sintomas ligados a alterações comportamentais como negligência extrema no autocuidado, desorganização do ambiente doméstico, retraimento social e ausência de percepção sobre a situação, o que leva os indivíduos a recusarem ajuda.

Com o decorrer do tempo, o acúmulo passa a ser tão extremo que compromete a higiene local, atraindo a presença de bichos, e isso também pode desencadear algumas doenças de pele e infecções, o que gera atritos com vizinhos que reclamam do odor e dos bichos.

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