
Segundo apurado pelo PAT, o caso era bem típico: febre alta, dor retro orbitaria, mialgia, artralgia e dor abdominal/vômitos. O paciente desta quinta-feira, é um trabalhador rural que tem endereço na região da Cidade Alta.
Este é o primeiro caso na história de Alegrete, se for confirmado diante do teste do Lacen – que deverá chegar em no máximo uma semana em razão do feriado – conforme destacou a Secretária de Saúde Haracelli Fontoura.
Assim que a redação teve a informação, contatou a Secretária que ressaltou que os dados confirmados até então, na cidade, são aqueles que já tiveram confirmação do LACEN(Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Sul) e são os “importados”, neste caso, três.
“Antes mesmo de vir o resultado, a equipe do setor de vetores irá até o endereço e adjacências para realizar uma limpeza, uma varredura”- citou Haracelli.
Dos casos “importados”, os moradores residem: duas na Zona Leste e uma na região central. De janeiro a março, foram eliminados 157 focos pela vigilância em vetores, e até terça-feira a informação era de 19 notificações no Município. O que preocupa é que 100% das análises coletadas em Alegrete apresentaram larvas de Aedes Aegypti e os casos que chegam até as Unidades Básicas de Saúde são considerados suspeitos até a confirmação pelo LACEN que em 48hs confirma ou negativa.
De acordo com Marco Dorneles, assessor técnico estatístico da SMS, o Aedes é responsável por ser um vetor intermediário de até quatro patologias, acrescentando que as três principais são: Dengue, Zika e Chikungunya (que teve somente um caso confirmado no município -“importado”, no ano de 2016).
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A Febre Amarela, também, entra nesse grupo de arboviroses, porém apresenta outro mecanismo até o paciente positivar. Por exemplo, o macaquinho bugio, ele é portador da febre amarela, o mosquito silvestre haemagogus (espécie como o aedes) pica o macaquinho contaminado, esse por sua vez pica um humano e o infecta. A partir daí, o Aedes pode iniciar a transmissão de febre amarela.
A Secretaria de Saúde criou um Comitê intersetorial, para monitoramento e ações no combate das arboviroses, onde há: Defesa Civil, demais Secretarias do Município, Exército, Vigilância Sanitária, UABA, Bombeiros, Vigilância Epidemiológica entre outros.
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“Quando ocorre a positivação do paciente, seja “importado” ou autóctone, a vigilância em vetores comparece na residência e efetua a ”borrifação” (termo técnico do fumacê), no entorno da casa do positivado para evitar o surto na localidade”- explica Marco.
Ainda na tarde de ontem(5), uma reunião foi realizada com a UABA e Presidentes de Bairros no salão Azul da Prefeitura, solicitando a colaboração de todos e a explanação dos dados referentes de 2020 até o momento atual que é muito preocupante. Com o crescimento exponencial e potencial risco epidêmico da doença. Estavam presentes Mariana Santos – Diretora Geral, Haracelli Fontora – Secretária de Saúde, Luciana Rossi – Coordenadora da Vigilância em Vetores e Marco Dorneles de Araújo Rego, assessor técnico estatístico da SMS.
O trabalho dos agentes da dengue segue intensificado, com fiscalização e coleta de amostras. A secretária de Saúde, Haracelli Fontoura, alerta que a prevenção da dengue é uma tarefa de todos. Ela lembra que a água parada contribui para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Para auxiliar no controle dos casos, a secretária pede que a população mantenha os ambientes limpos, evitando o acúmulo de água.
Entre os principais sintomas da dengue estão febre, dor de cabeça, dor retro-orbital (atrás dos olhos), dores musculares, nas articulações e no corpo. Nestes casos, o paciente deve procurar atendimento médico.