A força da mulher faz diferença no trabalho da segurança pública

Força, determinação, garra e superação. Essas são características comuns encontradas nas mulheres que atuam na Secretaria da Segurança Pública e em seus órgãos vinculados.

Delegada Fernanda

O Raio X das Forças de Segurança Pública do Brasil, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgou que o Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com maior número de mulheres na Polícia Civil e o terceiro em ocupação funcional feminina na Polícia Militar. 43,1% do efetivo da Polícia Civil é ocupado por mulheres e 20,9% da Brigada Militar (BM). As duas forças de segurança gaúchas têm índices superiores à média nacional.

Além do grande número de mulheres no total do efetivo da Polícia Civil, é importante destacar que também nas funções de comando e tomada de decisão, o nosso estado tem grande participação das mulheres, com sete das 13 diretorias da Instituição sendo ocupadas pelas mulheres. Sem esquecer, que o Rio de Grande do Sul e o Rio de Janeiro foram os primeiros estados a terem mulheres no cargo de Chefe de Polícia, a Delegada Nadine Anflor aqui no RS e a Delegada Martha Rocha no RJ.

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Um dos motivos levantados pela direção da Polícia Civil, para esse alto número de mulheres na Instituição, é o fato dos concursos, desde o início dos anos 2000, não terem um quantitativo determinado de vagas para cada sexo. Isso ficou refletido na última turma de formação de inspetores e escrivães na Academia de Polícia, onde tínhamos 180 mulheres e 165 homens.

A reportagem do Pat conversou com a delegada de polícia Fernanda Mendonça, na véspera do Dia Internacional da Mulher. Atuando como delegada da Polícia Civil desde setembro de 2021, quando chegou no município.

A policial conta que antes de ingressar na polícia, já trabalhava na área criminal no Ministério Público em Santa Maria, área essa que sempre lhe trouxe muito interesse e prazer em trabalhar, sendo um dos motivos que levaram a assumir o cargo de delegada de polícia e nele permanecer, escolhendo-o como profissão.

“Embora com pouco tempo como delegada, posso dizer que a experiência adquirida nesses quase dois anos e meio foi intensa, e cada semana traz um desafio diferente, dos mais diversos tipos. Além da grande demanda de ocorrências, o cargo exige o enfrentamento da complexidade e gravidade de alguns crimes ocorridos e, ao mesmo tempo, a gestão dos recursos materiais e humanos de dois órgãos policiais”, explica.

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À frente da Delegacia de Polícia e da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, a primeira como titular, e a segunda como substituta, Fernanda tem mostrada a força feminina na corporação.

Embora o número de mulheres tenha crescido nos últimos anos nas forças de segurança, em um ambiente ainda representado em sua maioria por homens, ela fala que nunca deixou de continuar exercendo sua função a despeito de olhares desconfiados com a presença feminina no cargo de policial.
“Acredito ser importante lembrar que as conquistas das mulheres em vários campos ocorreram e vêm ocorrendo porque mulheres estão tomando ciência de suas capacidades, não se colocando em uma condição de vítima”, afirma a delegada.

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Para a policial, nos casos de vítimas de violência doméstica, vê-se a rede de proteção cada vez mais fortalecida e os seus órgãos (incluindo a Polícia Civil) cada vez mais cientes do seu papel, o que contribui muito para ajudar essas mulheres com os problemas por elas enfrentados – seja na esfera criminal, seja na esfera cível.

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“Com esse auxílio, é possível ajudá-las a se fortalecer, reconhecendo o seu valor, para que possam tomar as melhores decisões para suas vidas na família, no trabalho e para o futuro de toda a sociedade”, avalia a profissional.
“Digo que as mulheres são igualmente capazes de alcançar aquilo a que se propõem. O caminho nem sempre é fácil, mas é preciso assumir responsabilidades, colocar-se como protagonista das próprias vidas e lutar pelo que se quer, ciente das dificuldades que cada realidade impõe, mas também ciente de suas competências, de sua coragem e de sua força”, resume.

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