A morte do professor Celso, do Emílio, enlutou a comunidade escolar

A consternação é imensa e evidencia o quanto o professor Celso Leães Munhoz transformou a vida de muitos, não apenas dos alunos como de colegas.

Professor Celso Munhóz
Professor Celso Munhóz

A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria. – professor, pedagogo e filósofo Paulo Freire.

Não é a morte que me importa, porque ela é um fato. O que me importa é o que eu faço da minha vida enquanto minha morte não acontece, para que essa vida não seja banal, superficial, fútil, pequena. – filósofo Mário Sergio Cortella.

A homenagem de hoje, inicia com esses dois filósofos em razão de uma grande perda. Um educador que amava a profissão e, pós Covid, não resistiu às complicações e faleceu na tarde de domingo(18). Foram 45 dias internados na Santa Casa de Alegrete, segundo informações de colegas.

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A consternação é imensa e evidencia o quanto o professor Celso Leães Munhoz transformou a vida de muitos, não apenas dos alunos como de colegas. Nas redes sociais, desde ontem, são inúmeras mensagens de carinho e tristeza por sua morte precoce. Aos 50 anos, ele estava radiante por ver a filha seguir os passos dos pais. Celso, professor de biologia, era casado com a também educadora de biologia, professora Emilene e a filha Juliana está começando a faculdade de biologia.

Rosélia Mallmann dos Santos, diretora da escola Emílio Zuñeda, diz que ele atuava há 21 anos, falou que a a comunidade Emiliense está de luto. “Perdemos um colega, um grande amigo . Um mestre da biologia. Um ser humano ímpar, solidário e dedicado a sua profissão. O Celso amava ser professor! Ex-presidente do nosso Conselho Escolar, atuou também com muita eficiência e zelo. A equipe diretiva, professores, funcionários, alunos e alunas só temos a agradecer este exemplo de profissional e cidadão- “expôs.

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A professora, Jussára Barrientos Pontes, comentou: “estamos muito tristes com a perda de um colega e amigo tão querido por todos. Eu particularmente admirava e gostava imensamente dele, sempre muito gentil, atencioso, educado e pronto a colaborar no que fosse necessário na escola. Assim como, a colega Emilene(esposa dele), pessoa e profissional ímpar.É uma perda irreparável para nossa escola”.

De aluna a colega de profissão. Milena de Souza da Silva disse que atuava na mesma escola e deixou a seguinte mensagem:
“Foi meu professor e, há 11 anos era colega. Excelente pessoa, super estudioso, sempre ajudando e explicando sobre a matéria de biologia. Era aquela pessoa sempre disposta a ajudar e nunca faltava ao trabalho. Era muito comprometido com as aulas, nunca deixou os alunos e a escola na mão. Sabemos que há professores que às vezes faltam por isso e aquilo, mas ele não era de faltar.

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E agora: a vez que ele precisou faltar, mesmo assim, se justificou que seria pela saúde…estava com o vírus. Mesmo doente, tentando se justificar por estar faltando ao colégio. Excelente pessoa, amigo e discreto.

Não se metia em discussões que não lhe correspondia e fazia e cumpria o trabalho na íntegra. Ele era um homem íntegro, era como um irmão, uma pessoa querida por todos.
Os alunos sempre nos escolhiam como conselheiros das turmas. Ele pra conselheiro e eu em 2ª conselheira. Adorava o inverno….Adorava o clima.

Dor no peito e nos ossos… angústia e ansiedade durante todo esse tempo que ele estava intubado. Todos os colegas aflitos com a situação, orando pela saúde dele.”- relatou.

O ex-diretor e também professor Valdoir Dutra Lira, acrescentou que é uma grande perda para a escola e que sempre o reconheceu como docente. “Eu sempre disse pra ele o quanto o admirava, pela fibra e pela busca de conhecimento. Com certeza ficou uma lacuna muito grande. Um homem que foi responsável por colocar vários alunos no mercado de trabalho pelo seu profissionalismo. Era professor de Biologia, mas conhecia muito de química” – completou.

As últimas homenagens a Celso Leães Munhoz, estão acontecendo a cargo da Funerária Angelus, na Rua Daltro Filho, nº 220, Cidade Alta. O sepultamento será nesta segunda-feira(19), às 11h, no Cemitério Municipal de Alegrete.

Flaviane Antolini Favero

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