Antônio Amarante, um alegretense irrequieto por natureza, vive longe há quase 60 anos

Antônio Amarante Arrusul, 77 anos, um nativo de Alegrete, recorda com nostalgia sua infância quando nadava nas águas limpas do rio Ibirapuitã, observando os peixes ao seu redor.

Embora tenha deixado sua cidade natal há 55 anos, ele mantém suas raízes vivas em suas memórias e experiências. Ele também compartilha lembranças da rua das Tropas nos anos 50, quando cavalos eram comuns na área, hoje transformada na Avenida Eurípedes Brasil Milano.

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Durante uma entrevista realizada por uma repórter do PAT, em um ônibus, durante a viagem em que ele e a esposa retornavam para Santiago, onde reside há décadas, Antônio compartilhou suas lembranças. Ele partiu de Alegrete pela primeira vez em 1966, quando foi trabalhar em Santiago. Antes mesmo de conhecer a cidade, teve sonhos vívidos sobre o local que viria a se tornar seu lar por muitos anos.

“Na primeira vez que fui para Santiago, sonhei que estava lá, mesmo sem nunca ter ido antes. Voltei a Alegrete em 1968, mas os sonhos persistiram e eu retornei a Santiago. Foi lá que encontrei minha alma gêmea, Cirlei De Medeiros Brasil, na escola. Foi amor à primeira vista”, lembra Antônio. O casal tem dois filhos, Angélica e Rafael.

Em Santiago, Antônio se estabeleceu, estudou, jogou futebol e se integrou à comunidade. Trabalhou em uma padaria e confeitaria, inicialmente como sócio e mais tarde como proprietário. Em 1980, tornou-se sócio da Padaria Ponche Verde. Sua jornada empreendedora o levou a abrir sua própria confeitaria, a Confeitaria Brasil, em Pinheiro Machado, e a se envolver em diversos empreendimentos comerciais ao longo dos anos.

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Apesar de ter deixado Alegrete, Antônio nunca perdeu o vínculo com sua cidade natal. Durante sua visita recente, teve a oportunidade de ver seu irmão, Manoel Paim, após mais de 25 anos. O emocionante reencontro aconteceu no Baita Chão, um local especial para a família.

Com 44 anos de casamento, uma graduação em administração de empresas em 1979 e uma carreira diversificada, a esposa relembra que ele saía de Santiago para fazer faculdade em Alegrete, inclusive empurrando ônibus, já que a estrada era de chão batido. “Depois de trabalhar, seguia para o Baita Chão, por volta das 16h, e retornava de madrugada. Não foi um período fácil, mas necessário naquela época”, comenta Cirlei.

Enquanto relembra os tempos de sua infância em Alegrete, ele também compartilhou sua paixão pelo futebol e sua habilidade em fazer tortas, uma tradição que aprendeu desde jovem. Ele fala sobre um homem chamado João, que inspirou sua criação mais famosa, a Torta João Machado, uma deliciosa combinação de massa folhada, pão de ló e criatividade. O confeiteiro também teve empreendimentos em Alegrete, a Padaria e Confeitaria Belém de Judá, próximo à Praça Getúlio Vargas, por dois anos, de 1997 a 1999.

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“Eu sempre estive em movimento. Comecei a trabalhar com sete anos. Para mim, ficar parado é como deixar um carro enferrujar. É por isso que continuo ativo, jogando futebol, fazendo tortas e trabalhando incansavelmente”, disse Antônio, que também é um homem de fé, membro da Igreja da Graça em Alegrete. Ele continua a vender seus lanches para servidores da Prefeitura de Santiago, o que faz há cerca de 20 anos, embora nos últimos 15 anos ele tenha feito esse trabalho em casa.

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Esta visita a Alegrete, que durou quatro dias, foi mais do que uma reunião familiar; foi um reencontro com suas raízes, suas paixões e as memórias que moldaram sua jornada de vida. Para Antônio, cada momento em sua cidade natal é uma oportunidade de reviver o passado enquanto continua a escrever seu presente, um capítulo cheio de vitalidade, amor e laços familiares fortes.

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