Cardiologistas explicam o aumento de enfartos com a chegada do frio: mito ou verdade?

Dra. Ivana Teixeira e Dr. Gustavo Cardoso, conceituados cardiologistas da cidade, explicam questões relacionadas às doenças do coração.

Uma das estações mais esperadas pelos gaúchos é o inverno. Inclusive, nessa época do ano, já é possível sentir a temperatura amena, mesmo assim, a estação chegará somente no dia 21 de junho, às 6h40min. É possível perceber nesse período o aumento de ataques cardíacos, por esse motivo, o PAT conversou com dois cardiologistas renomados na área médica, Dra. Ivana Teixeira e Dr. Gustavo de Oliveira Cardoso, para esclarecer dúvidas relacionadas às doenças coronárias .

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Aumento de enfartos no inverno X mito ou verdade?
A Dra. Ivana Teixeira declara que a doença cardiovascular é um processo que ao longo do tempo vem se formando no corpo do indivíduo, as artérias representam parte desse processo. Existe uma tendência elevada de enfarto em momentos de estresse, mas, em relação ao clima frio, há o aumento da pressão arterial, constrição das artérias e veias, fazendo com que a pressão suba. Esse é um fator que instabiliza as placas de gordura que existem nas coronárias, podendo levar a quadros de angina e ao enfarto propriamente dito.

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Sobre a mesma pergunta, o Dr. Gustavo Cardoso diz que é verdade, uma vez que no inverno as pessoas costumam ter piores cuidados com a saúde, principalmente em relação ao sedentarismo, também têm menor cuidado com alimentação. O frio, muitas vezes, aumenta os níveis de pressão arterial e também é motivo para aumento das infecções respiratórias e doenças cardiovasculares, que contribuem bastante para a elevação do risco de enfarto.

Como descobrir se “estou enfartando”?
O Dr. Cardoso esclarece que o enfarto, geralmente, acontece de forma súbita, com quadro de dor no lado esquerdo do peito, como uma pressão, ardência ou aperto, às vezes acompanhado de náuseas, vômitos,
sudorese (suor excessivo) ou falta de ar. Algumas vezes a dor do peito pode irradiar para os braços ou mandíbula, nem sempre o paciente terá esse quadro completo, e pode apresentar somente um desses
sintomas de forma isolada. Ocasionalmente, o paciente apresenta sintomas dias antes de enfartar, como esses citados, mas de menor intensidade.

Sintomas de ansiedade x sintomas de enfarto?
Dra. Ivana Teixeira afirma que o ideal é que as pessoas que sofrem com ansiedade façam uma avaliação cardiológica completa, não é somente fazer o eletrocardiograma, pois é superficial para quem não está sofrendo um ataque cardíaco no momento, há necessidade de ter um parecer cardiovascular completo. Quem sofre de ansiedade confunde sintomas no pronto atendimento, por isso os exames são necessários, pois quando o ansioso sabe que as suas coronárias estão bem terá mais tranquilidade nas crises de ansiedade e poderá controlar melhor esses momentos, uma vez que sabe que não está enfartando.

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O que fazer se alguém estiver tendo um enfarto?
A Dra. Teixeira complementa dizendo que a cidade não possui o serviço que faça o cateterismo cardíaco e desobstrua a coronária de imediato, o ideal é fazer isso na primeira meia hora de início da dor do enfarto. Sendo assim, o correto é ir para o pronto atendimento para que se faça exame de enzimas para detectar o enfarto, se positivo será aplicada uma medicação que dissolverá o coágulo na coronária.

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Mulheres tem mais dificuldade de identificar o enfarto: mito ou verdade?
As mulheres, assim como pacientes com diabetes e com problemas renais crônicos, costumam ter sintomas mais atípicos do enfarto, ou seja, o quadro clássico de dor no peito, tipo pressão/queimação/aperto nem sempre estão presentes e por isso é importante uma maior suspeita quando tais pacientes são avaliados, explica o Dr. Cardoso.

Como prevenir enfartos?
Ambos especialistas defendem que hábitos saudáveis são necessários, como praticar atividades físicas, ter alimentação equilibrada, manter a saúde mental e ter uma boa qualidade de sono são a chave para diminuir a probabilidade de ter um ataque cardíaco. O Dr. Gustavo alerta “quem tem fatores de risco para infarto, como diabetes, hipertensão, dislipidemia (elevação dos níveis de colesterol), as quais devem estar bem controlados deve ter maior atenção. Para tal, é importante o acompanhamento com médico assistente, tanto a nível de unidade básica de saúde, com clínico geral ou cardiologista e realização de exames para acompanhamento”.

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