Caso Priscila: investigação sugere sequestro para extorsão de bens

A Polícia Civil de Alegrete está trabalhando intensamente para esclarecer o brutal assassinato da enfermeira Priscila Ferreira Leonardi, de 40 anos, encontrada morta no dia 6 de julho, às margens do Rio Ibirapuitã, após 17 dias desaparecida.

  As  informações sugerem que o crime pode estar relacionado a um sequestro com o objetivo de obter patrimônio por meio de extorsão, assim como disputas patrimoniais e já não há mais indícios de feminicídio. Um pai de santo de Alegrete também foi citado pelo primo Emerson, no dia 20 de junho quando realizou o registro de desaparecimento da enfermeira na Delegacia de Polícia, o acusando de ameaçá-la por supostas dívidas.

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Segundo a delegada Fernanda Graebin Mendonça, responsável pela investigação na 1ª Delegacia de Polícia de Alegrete, a suspeita é que o primo da vítima, Emerson da Silveira Leonardi, de 30 anos, seja o mandante do crime. No entanto, de acordo com a hipótese em apuração, o homicídio não teria sido planejado desde o princípio, mas ocorreu por algum imprevisto na execução do plano original.

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Emerson encontra-se detido desde o dia 13 de julho. A prisão temporária dele tem validade de 30 dias, prorrogável por igual período, devido à natureza hedionda do crime.

As investigações apontam que os executores do crime podem ser integrantes de uma facção criminosa, e a polícia não descarta o possível envolvimento de outros familiares da enfermeira no planejamento do crime, além do próprio primo.

A tragédia ganhou repercussão internacional e, no dia 17 de julho, um grupo de amigos de Priscila que vivem na Europa realizou um protesto em frente à embaixada brasileira, na Irlanda, pedindo por justiça. Eles contrataram assessoria jurídica no Brasil para acompanhar o caso e colaborar com as investigações, disponibilizando trocas de mensagens e documentos que possam auxiliar as autoridades.

Priscila morava na Irlanda e veio ao Brasil para resolver pendências do inventário da herança de seu falecido pai. A enfermeira estava processando Emerson para cobrar uma dívida relacionada a um imóvel que pertencia a ela e ao pai. As tentativas de receber o pagamento pela casa vinham fracassando desde agosto de 2020.

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Em 19 de junho, Priscila desapareceu após visitar uma propriedade sua habitada por Emerson em Alegrete. Ele alegou que um pai de santo foi responsável pelo sumiço e pelas ameaças, e o corpo da enfermeira foi encontrado dias depois, com sinais de espancamento e estrangulamento, às margens do Rio Ibirapuitã, nos fundos do bairro Rui Ramos.

A Polícia Civil segue empenhada em identificar os executores e esclarecer as motivações por trás desse crime chocante, que abalou amigos e familiares da vítima no Brasil e no exterior. A busca por justiça e respostas continua enquanto as investigações prosseguem.

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