Defensora Luiza Garcia é transferida e nova integrante da Defensoria Pública de Alegrete assume nesta quarta

A Defensora Luiza Garcia cumpriu seu último dia de trabalho em Alegrete na terça-feira (12). Desempenhando suas funções como Defensora Pública no município desde o dia 29 de outubro de 2019, ela se despediu da Comarca no último dia 12 de janeiro de 2021.

Nesta quarta-feira assume a Defensora Pública Silvana Lectzow dos Santos, vinda da Defensoria de Planalto, no norte do Estado.

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Em 2020, a Defensora Luiza Garcia desempenhou um volume expressivo de trabalho. Ao longo do ano foram 1.284 atendimentos realizados dentro de sua atribuição – especialmente na área criminal, violência doméstica e execução penal. Deste número, foram 429 atendimentos a apenados e seus familiares, trabalho este que a Defensora pautou como essencial durante sua permanência na cidade. Mesmo na maior parte do ano já com a pandemia do novo coronavírus, a Defensora conta que não parou o atendimento na Defensoria Pública em Alegrete.

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“Enfrentamos um ano difícil, mas a Defensoria Pública não parou. Seguimos realizando os atendimentos de forma virtual, especialmente por telefone, e-mail, SMS, videochamada e WhatsApp”, destaca a representante da Defensoria.

Alegrete em breve contará com nova sede da Defensoria, um grande avanço para cidade, garante a profissional.

“Poderemos ampliar nossos canais de atendimento, o que facilitará a comunicação com muitos grupos vulneráveis de assistidos que não têm acesso aos canais virtuais de atendimento”, pontua a Defensora.

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A Defensora Luiza Garcia, neste período de atuação na Comarca de Alegrete, sempre buscou executar suas atribuições com responsabilidade, comprometimento e empatia pelos assistidos. “Essa é uma das principais razões de existir da Defensoria Pública – Dar voz aos vulneráveis e lutar sempre pela efetivação dos Direitos Humanos”, explica.

Natural da cidade de Pelotas, Luiza Garcia está de transferência para Comarca de São José do Norte. Na 3° Capital Farroupilha, a Defensora resume que foi um período de muito crescimento pessoal e profissional. “Fui muito bem acolhida no Alegrete e levarei com carinho cada lembrança dessa terra tão encantadora”, comentou Luiza em tom de despedida.

A Defensora Silvana Lectzow dos Santos, aos 32 anos, é casada e tem um filho recém-nascido. De mudança com a família desde a semana passada, quando chegou em Alegrete, diz que adorou a cidade e com muita alegria quer viver aqui desempenhando suas novas funções na defensoria pública.

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Silvana vem da cidade de Planalto, cidade em que ocorreu o crime brutal contra o menino Rafael Mateus Winques, de 11 anos. Devido a nono mês gestação, a defensora não teve envolvimento direto como defensora, mas conta que o caso delicado e rumoroso foi assistido pelos colegas da defensoria no norte do RS.

Natural de Pelotas, assim como as colegas Luiza Garcia que está sendo transferida e da Defensora Amanda da Gama que permanece atuando em Alegrete, Silvana se formou pela PUCRS, e antes de ser defensora, foi juíza leiga de vários juizados especiais cíveis de Porto Alegre e servidora do Poder Judiciário do RS, na Capital do Estado.

Em Alegrete, a defensora vai atuar sobretudo na parte criminal, com atuação no PEAL, mas também atuará excepcionalmente em casos cíveis. Sobre a expectativa já que em breve a defensoria terá um local mais no centro da cidade para atender a população, a nova integrante da Defensoria diz estar muito feliz com a nova sede, que ficará mais bem localizada, facilitando o acesso da população, principalmente dos mais vulneráveis, público alvo da DPE.

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“A nova estrutura será melhor, o lugar mais espaçoso, a acessibilidade está assegurada. É uma alegria poder contar com um local assim”, destaca.

Sobre a real situação do presídio local, a Defensora Silvana, ainda não foi ao presídio e revela que enquanto perdurar a situação mais crítica da pandemia, atenderá os presos de forma remota, pelo Skype, tal como estava sendo feito o trabalho.

“O trabalho da administração do PEAL é tão elogiável que a Juíza de Planalto já havia me comentado a respeito”, comentou. Quanto a superlotação, a defensora reitera que é um problema em todo RS. “Isso dificulta o propósito de ressocialização”, afirma Silvana.

Sobre a chegada em Alegrete, Silvana que assume na quarta dia 13, elogia a atuação da conterrânea. “A Luiza é uma excelente profissional. Será um desafio substitui-lá, mas darei o meu melhor”, finalizou a nova defensora pública de Alegrete.

Júlio Cesar Santos