Diretor do Lauro Dornelles diz que perseguição política é a causa do seu afastamento da escola

O diretor da Escola Estadual Dr. Lauro Dornelles, Assis Odilon Magalhães, buscou o PAT para abordar as suspeitas que levaram ao seu afastamento, depois da publicação realizada no sábado(5).

Magalhães expressou surpresa diante dessas alegações e destacou a sensação de ser alvo de uma perseguição. Ele contextualizou que estava afastado por problemas de saúde e com o intuito de esclarecer a situação, enviou a seguinte nota de esclarecimento:

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O diretor da Escola Estadual Dr. Lauro Dornelles, Assis Odilon Magalhães, foi pego de surpresa quando, saindo de laudo médico, tomou conhecimento, via Diário Oficial, que estava sendo afastado de seu cargo. Ele afirma que esta situação é a culminância de um embate travado com a ex-diretora, que, em dezembro de 2021, mesmo sabendo que não podia mais ser reconduzida a uma terceira administração, por impedimento expresso na Lei de Gestão Democrática, articulou uma tentativa de golpe na qual professores eram “convidados” a assinar uma “moção de apoio” para sua permanência à frente do educandário. A tentativa foi frustrada, e Assis Magalhães, como o especialista com maior idade, foi convidado pela 10ª Coordenadoria Regional de Educação a assumir a Direção da Escola.

A ex-gestora havia estabelecido um pequeno comitê com políticos e assessores, que tinham acesso inclusive à sua sala; no local, restaram inúmeras fotos (emolduradas) ao lado destes políticos. Essas evidências são mantidas como provas que sustentam a partidarização de um estabelecimento público. Contudo, sem o cargo almejado (manter-se à frente, na Direção), a ex-diretora se aposentou mas conseguiu deixar um pequeno mas ruidoso grupo de docentes a criar entraves à nova gestão. Liderando o grupo, sua própria irmã.

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Já na Gestão atual, o primeiro embate deu-se depois da retirada dos privilégios da Supervisão, como merenda dos alunos que ia direto para a orientadora educacional, que fazia questão de ter este atendimento diferenciado: “Inclusive, exigia das merendeiras as frutas da merenda escolar, já cortadas em pedaços”, relata o diretor.

A orientadora passa a ter um comportamento arredio e a recusar-se respeitar hierarquia, fato que origina três atas registradas contra a profissional. Imediatamente, a 10ª Coordenadoria Regional de Educação é comunicada das ações intempestivas da orientadora, que, a estas alturas, já alegava perseguição. A Coordenadoria recebe todas as comprovações da situação-problema e mostra-se omissa, mesmo na iminência de maiores problemas advindos destas inadequações.

Nisso, revela Assis, chega-se ao ponto mais absurdo desta narrativa: a orientadora Mirta Marlene Gonçalves e a funcionária Jaqueline Paiva, em uma rede social, tramam a morte do diretor. Assis recebe os prints da conversa, encaminha à CRE e registra boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia. Mesmo assim, a Coordenadoria mantém a orientadora na Escola. “Essas pessoas, que comprovei estarem tramando meu assassinato, estão se dizendo perseguidas?”, questiona o gestor, com cópia do boletim de ocorrência em mãos. Na trama, conforme o B.O., uma delas é enfática: “Eu tenho vontade de matar”.

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Assis Magalhães afirma que estas e diversas outras situações foram registradas, com as comprovações, e devidamente encaminhadas para, além da 10ª CRE, a Promotoria da Educação, de Uruguaiana, e Casa Civil, em Porto Alegre.

Há um grupo expressivo de professores e funcionários que estão indignados com o afastamento do diretor. As perseguições aludidas para embasar tal situação são desconhecidas por docentes e servidores; e também pelo CPM e Conselho Escolar. Os professores e funcionários irão publicar um manifesto, nas próximas horas.

Os professores e funcionários enviaram uma nota de apoio:

NOTA DE ESCLARECIMENTO E APOIO AO DIRETOR DA E. E. E. B. DR. LAURO DORNELLES

Em nome dos professores e funcionários da E.E.E.B. Dr. Lauro Dornelles, manifestamos apoio e solidariedade ao diretor Assis Odilon Araújo Magalhães, em função de informações tendenciosas veiculadas na mídia, as quais apontam conduta incompatível com a ética e respeito que pautam a gestão do atual diretor.

No quadro de servidores da escola, com expressivo número, temos funcionários que trabalham há mais de 20 anos com o diretor Assis Magalhães e conhecem muito bem sua conduta profissional. Pode-se afirmar que em nenhum momento foi presenciado qualquer ação que fosse desrespeitosa ou antiética de sua parte. Os profissionais que aqui se manifestam, jamais sofreram ou presenciaram qualquer tipo de assédio moral ou perseguições no ambiente escolar, entretanto paira a dúvida no ar quanto ao que o diretor responde, pois casos de perseguição política são comuns nesse meio, principalmente quando pessoas que saem da direção da escola não conseguem aceitar tal fato. Sabemos que cargos são cíclicos, mas nem todo mundo aceita de bom grado o término de uma gestão, o que implica inveja e acusações maldosas sem nenhuma legitimação.

A nós, servidores, cabe ressaltar que as mudanças neste estabelecimento de ensino são bem vistas e aceitas pela maioria dos profissionais que aqui exercem seu ofício com satisfação, presteza e alegria.

Salienta-se ainda que, até o atual momento, o educandário não foi informado sobre o teor das acusações que causaram a abertura da sindicância e este afastamento, bem como nem o próprio diretor teve acesso ou esclarecimento ao que se referem as denúncias. O que nos causa espanto e estranheza é que veículos de imprensa já tenham acesso a esse tipo de informação e tenham citado que uma Promotora de Justiça esteve na escola, ao final do mês de julho, pois a mesma não foi identificada por ninguém.

Temos total tranquilidade e confiança que tudo será esclarecido, após o término da sindicância e tudo apurado, virá à tona a veracidade das informações, pois acreditamos na pessoa que está à frente da gestão, comprometido com a segurança da escola, investindo fortemente em benfeitorias e qualificação dos espaços e exercendo suas atividades com excelência, conduta ilibada, respeito a todos os colegas, pais e alunos dessa comunidade escolar.

Ratifica-se ainda que, de forma massiva, os professores e funcionários desta instituição discordam e repudiam tais acusações citadas em veículos de imprensa.

ASSINAM ESTA CARTA:

Vice-diretor: Russel Vaz Moraes

Vice-diretora: Maristela Rosback

Coordenadora Pedagógica: Cristiane Viana

Coordenadora Pedagógica: Karla Dias Izolan

Orientadora Educacional: Quelen Gomes

Profª Rosane Poravoski Tolfo

Profª Fernanda Ten Caten Rosso

Profª Ana Cláudia Antunes

Profª Cleunita Minussi

Profª: Liege Monteiro

Profª Rosa Rosane Pereira Prates

Profª Luz Marina Silveira

Profª Marcela Machado Carvalho

Profª Maria Aparecida Righi

Prof. Patrícia Durgante

Profª Cristina Rosauro

Prof. Ardilles Mendonça

Prof. Daniele Bianchi da Silveira

Profª Marília Rosauro Cabreira

Prof. Josenito Peroza

Prof Roselaine Quatrin Giacomini

Prof. Márcio da Mota Filho

Prof. Emir Lemes de Almeida

Profª Juliana Belmonte Leal

Profª Bruna Guedes

Prof. Liza Rodrigues

Prof. Vagner Almada

Prof. Tiago Rodrigues

Profª Lize Cambraia

Profª Anne Silveira

Profª Cynthia Gradaschi

Profª Anália Ferraz

Profª Eliane Cardoso

Prof. Luis Antônio Soares

Profª Serenita Magrini

Prof. Diego Braga

Prof° Daniele da Silva Irizaga

Prof° Izabella Merenock Orlov

Prof° Rosiele Felartigas

Prof° Vera Sampe

Prof° Jusára Teresinha Gargaro

Prof° Nehiza Bech

Funcionária: Viviane Aparecida Rodrigues Martins

Funcionária: Ieda Maria Machado

Funcionária: Mirele Cristiane Corrêa Dutra

Funcionária: Auta Assumpção

Funcionária: Joze da Silva Saraiva

Funcionária: Fátima Rhodes

Agente Educacional: Roseane Guterres

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