Enxames de abelhas estão mais frequentes em pontos diferentes da cidade; saiba como proceder

Com a chegada da primavera sempre aumentam os casos de enxames de abelhas chamados migratórios

São grupos viajantes de abelhas que na maioria das vezes repousam em arbustos, beirais de telhado, lixeiras, entre outros locais, por um período de até 48 horas antes de seguirem viajarem e se fixarem em ambiente favorável.

Mas é importante ter consciência dos perigos resultantes do contato com elas. Para manipulá-las ou retirá-las de algum local, é preciso contar com ajuda especializada e, neste caso, nada melhor do que um apicultor. Esses profissionais atuam na área de criação e tratamento de abelhas, com extração de produtos provenientes desse inseto, tais como o mel, a própolis, a geleia real, dentre outros.

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Em Alegrete, a reportagem do PAT conversou com o sargento Robson do Corpo de Bombeiros que confirmou o número muito expressivo de chamados para retirada dos enxames em residências. Neste período são comuns essas ocorrências, entretanto, este ano está muito acima da média anterior. Eles chegam a receber até 10 ligações diárias.

O sargento pontua que a maioria dos casos eles vão ao endereço e orientam os moradores, pois a retirada deve ser realizada por um apicultor. Somente em casos muito extremos é realizado o extermínio. O trabalho dos Bombeiros também conta com o apoio da Guarda Municipal que isola o local, em áreas públicas e com apicultores.

As abelhas estão ameaçadas de extinção e matá-las é caracterizado crime ambiental (Lei n º 9605/98).

Já em entrevista com o presidente da Associação de Apicultores de Alegrete, Jardel Boscardin, ele explica que esse ano a demanda está maior devido a fartura na polinização. A maioria está em trânsito, portanto, deve ficar no local, como árvores, entre outros, por algumas horas e depois vão em busca de um lugar seguro. Caso, o enxame entre em forros e outros espaços que possam apresentar riscos, o importante é que as famílias entrem em contato com um apicultor e, em último caso com os Bombeiros.

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Jardel acrescenta que todos os apicultores têm realizado algumas retiradas. mas o processo é demorado e, na maioria das vezes as pessoas colocam algum tipo de veneno o que acaba matando o enxame logo depois de subtraído do local. Além de que após a retirada ele só vai dar algum resultado em colmeia após cerca de dois anos. E, pela demanda deste ano, está muito difícil de atender a todos que procuram. “Somente eu já fiz a retirada de mais de 15 enxames só aqui no meu bairro. A diferença que não tenho tempo, devido ao meu trabalho, pela grande procura. A maioria dos apicultores daqui têm mais de 200 colmeias” – acrescentou.

Essas orientações do apicultor explica também as constantes reclamações de pessoas que destacam dificuldade em retirarem os enxames das residências pela falta dos profissionais em decorrência da demanda.

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O que fazer em caso de ataque de abelhas

As abelhas são agressivas quando se sentem ameaçadas. Portanto, muito cuidado ao avistar um enxame de abelhas. Ruídos, cheiro forte (evitar perfume), tremores, vibrações, movimentos rápidos chamam a atenção delas. Todavia, quando o ataque é desencadeado, as abelhas atacam indiscriminadamente a todos que estiverem nas redondezas.  Entretanto, os sintomas na pessoa picada podem variar de vermelhidão local à morte, dependendo do número de picadas e da sensibilidade da pessoa ao veneno da abelha. Aconselha-se procurar assistência médica o mais rápido possível.

A importância das abelhas

A vida das abelhas é crucial para o planeta e para o equilíbrio dos ecossistemas, já que, na busca do pólen, sua refeição, estes insetos polinizam plantações de frutas, legumes e grãos. Esta polinização é indispensável, pois é através dela que cerca de 80% das plantas se reproduzem.

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