O alegretense que foi barrado no Congresso Nacional há oito anos, agora retornou como assessor parlamentar

O PAT centenas de vezes já realizou abordagens falando sobre superação, motivação e inspiração.

São muitas histórias, muitas situações que emocionam e que motivam. Essa que vamos descrever, vale cada palavra na leitura por ser talvez, uma das que demonstram o quanto muitas vezes uma porta “na cara”, jamais deverá ser uma desistência e, sim, o motivo maior para lutar e chegar a um objetivo, talvez, muito mais enaltecedor que o inicial.

Assim foi a trajetória, até aqui, do alegretense Jeffersom Mattivi. Na última quarta-feira, ele foi nomeado Secretário Parlamentar da Câmara dos Deputados, mas esse momento teve uma satisfação muito mais significativa.

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O jovem que saiu da terra natal em busca de novos horizontes e sempre com o olhar mais amplo para tudo, acrescentou que, em 2015 foi a primeira vez que esteve no Congresso Nacional e, naquele dia, ele foi barrado.

No contexto inicial que pode parecer engraçado, Jeffersom cita que isso aconteceu pelo detalhe de não saber que era proibido bermuda ou seja, ingressar com essa vestimenta.

É claro que apesar de engraçado, foi desmotivador, por esse motivo ele reitera: “chegar aqui foi difícil e a vinda aconteceu porque naquele ano, mesmo aos 15 anos, tive um projeto aprovado para ser apresentado num congresso de educação na Capital do país. Apesar das tantas dificuldades pra sair de Alegrete até Brasília, deu tudo certo. O projeto foi apresentado no evento externo, mas não pude visitar o Congresso”- descreve.

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Na quarta-feira, depois de 8 anos, ele retornou, mas desta vez, não apenas como um visitante e sim como um Secretário Parlamentar da Câmara dos Deputados. Em uma entrevista ao PAT citou:

“Hoje sou Secretário Parlamentar, mas antes disso teve dias que não tinha como nem comprar um miojo. De verdade mesmo, nem um miojo. Apesar de ter apenas 23 anos, o caminho até aqui foi muito suado.

Comecei essa jornada estudando no IFFar. Eu fiz técnico em agropecuária, mas sempre quis jornalismo. A escolha pelo colégio agrícola foi para aumentar minhas chances de ser aprovado em alguma universidade, já que não tinha dinheiro para pagar um colégio particular e a antiga EAFA até hoje é referência em ensino público de qualidade.

De fato, foram muitas dificuldades. Mas, de coração, sinto que quem vem do Alegrete nasce com uma garra interna. Uma força diferente. Tiramos de letra as dificuldades. Acredito mesmo nisso! Em outras palavras, um alegretense já resumiu isso muito melhor:

“Estes que aí estão,
atravancando meu caminho,
eles passarão,
eu passarinho” – Mário Quintana.

E assim seguimos: voando com a leveza de um passarinho e driblando as adversidades com a calmaria de um, sem perder a essência.

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Com isso, cita que aprendeu que por vezes a vida fecha uma porta não para abrir outra janela, mas para abrir aquela mesma porta de uma forma 100 vezes melhor tempo depois. Basta saber esperar e persistir. Assim como em 2015, hoje em 2023 volto aqui ciente do quão difícil foi. E fico feliz em saber que a essência não se perdeu no caminho”-concluiu.

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Marcelo Aurélio Nunes

Parabéns, mas secretário de qual deputado?