Pássaros são encantadores, seja pelo canto particular de cada espécie, seja pela beleza única que possuem. Os admiradores sabem que existem momentos certos do dia para ouvir ou vê-los, porém existem pessoas que além de estimar os pássaros registram em fotografias seus encontros especiais. É o caso da bacharela em Química de Alimentos e Dra. em Ciência e Tecnologia de Alimentos, Luiza Sied Kuk, que atualmente é professora no Instituto Federal Farroupilha (IFFar).
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O gosto pela fotografia surgiu na infância, quando havia somente câmeras analógicas, seus pais tinham uma Beirette, que Luiza tem até hoje. Naqueles tempos a câmera fotográfica não era algo que crianças pudessem usar, uma vez que era um item de alto custo, os filmes eram caros e as revelações também. A fotografia tornou-se mais significativa quando ela entrou na faculdade e foi morar muito longe, há mais de 500 km da casa dos pais, então, fez um pedido: queria ganhar uma câmera fotográfica. No primeiro aniversário longe de casa ganhou o que desejava. Inicialmente o único objetivo eram registros com amigos e colegas, mas com o passar do tempo Luiza uniu o amor pela fotografia com a paixão pela natureza, a partir desse momento, tornou-se uma observadora de aves.
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Alguns anos depois que ganhou a câmera dos pais, comprou outra com mais zoom e tirou as primeiras fotos de passarinho, foi assim que sentiu a necessidade de ter material mais profissional, comprou a primeira máquina com todos os controles manuais e começou a estudar fotografia, Kuk fez cursos gratuitos on-line. Ela contou ao PAT que para aprender a fotografar existem duas coisas importantes: a técnica e a arte.
Para aprender a parte técnica existem muitos materiais e cursos disponíveis gratuitamente na internet, existem livros com preços acessíveis. “A parte mais artística ou de composição fotográfica se aprende na prática e por meio do consumo da arte: ler, assistir filmes, ver fotografias… Acho que para fotografar natureza, especificamente, só existem dois requisitos básicos: andar por muitos lugares e amar a natureza”, comenta. Uma das regiões mais marcantes que já esteve é o Parque Nacional da Lagoa do Peixe, que fica em Mostardas/Tavares. Luiza diz que o Parque Estadual do Espinilho, em Barra do Quaraí, é também um ambiente incrível, perto dos alegretenses, um verdadeiro refúgio do Bioma Pampa.
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Há pouco tempo, a professora começou um projeto chamado O Céu é Nossa Casa, uma forma que ela encontrou para mostrar um pouco da paixão pelas aves e fotografia, logo iniciou uma página no Facebook, depois migrou para o Instagram. Para encontrar a página no Instagram basta digitar @oceuenossacasa. Luiza, inclusive, participa de outro grupo, o Clube de Observadores de Aves da Fronteira Oeste, que objetiva reunir os observadores da região na difusão desta atividade que é fundamental para a conservação das aves e dos biomas. Como os integrantes do grupo residem em cidades diferentes, é mais difícil os encontros para as passarinhadas, como chamam as saídas de campo. Sobre as expedições, Kiuk disse que podem ser pequenas saídas em locais próximos à cidade, como uma viagem ao Parque Nacional da Lagoa do Peixe. Tudo é observação de aves, até mesmo aves no pátio de casa. De maneira geral, quando ela tem tempo procura lugares calmos e que tenham áreas conservadas. Sobre esse assunto, Luiza diz que “É importante ter a autorização para estar no lugar, usar roupas e calçados adequados para se proteger do sol e de animais peçonhentos, fazer silêncio e esquecer de todo o resto!”.
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