O tema de saída do Farroupilha no Enart foi profundo e conquistou o 3°lugar

A canção, criada pelo músico alegretense Filipi Coelho, abordou temas como o amor, o preconceito e a necessidade de perdoar.

No último fim de semana, durante a realização do Encontro de Artes e Tradição Gaúcha (Enart), o Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Farroupilha de Alegrete conquistou o terceiro lugar, na melhor música inédita de saída. A apresentação vai além da música e da dança, mergulha profundamente na complexidade das relações humanas.

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A narrativa da canção se desenrola em torno de uma história envolvente que toca as fibras mais sensíveis do público. A trama apresenta o personagem Negro Pedro, um escravo que se apaixona pela filha de Clemencio, Mariana. No auge da paixão, Clemencio descobre o relacionamento e, em um momento de impulso irrefletido, acaba atirando e matando ambos. O remorso e a loucura tomam conta de Clemencio, desencadeando alucinações que só podem ser apaziguadas pelo perdão.

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A apresentação, realizada pelos dançarinos do CTG Farroupilha, transcende o mero entretenimento, provocando inquietação no público e instigando uma reflexão profunda sobre o perdão. A interpretação visceral da cena desperta emoções intensas, levando os espectadores a questionarem suas próprias convicções sobre o perdão e a compaixão.

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Filipi Coelho, o compositor da canção, compartilha seu sentimento sobre a conquista do terceiro lugar no Enart: “Bom, pra mim, o sentimento disso tudo é de entender que graças ao coletivo nós conseguimos ter esse resultado. Então, tipo assim, aos músicos que estavam no palco dançarinos, a proposta foi coletiva. Eu só fui um passageiro. Um alguém que transportou. Esse tema, só cruzou por mim e eu dei a minha contribuição e eu fico muito feliz porque mesmo aqui no interior a gente consegue fazer um trabalho musical bacana, de qualidade. E bem abrangente, se tu for analisar, as pessoas assistiram isso. Então o meu sentimento é cada vez mais poder trabalhar sério. Organizado e sempre acreditar no coletivo pois é assim que a gente consegue fazer as coisas da melhor forma.”

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A letra da canção, entoada com emoção e precisão pelos artistas do CTG Farroupilha, foi um ponto crucial da apresentação. Ela descreve, poeticamente, a tragédia e a redenção explorando a força do amor, a crueldade da ignorância e a libertação pelo perdão.

Ao som das notas e passos marcantes, o CTG Farroupilha de Alegrete provou que as tradições e expressões culturais do interior têm o poder de transmitir mensagens profundas e universais, desta forma também conquistou 11º lugar na etapa final da Força A, danças tradicionais. A conquista do terceiro lugar, na música de saída, no Enart é um testemunho não apenas da habilidade artística, mas também da capacidade de provocar reflexões sobre temas fundamentais da experiência humana.

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