Chapéu Preto elabora compêndio de suas obras em 60 anos de arte

Um dossiê sobre os principais trabalhos de Derli Vieira da Silva - conhecido como Chapéu Preto - é exibido por ele com muito orgulho.

Chapéu Preto

O trabalho foi realizado pelos fotógrafos Décio Marini e Eduardo Silveira. Orgulhoso, o artista fala do quanto os dados são fundamentais para eternizar o seu trabalho.

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Dentre todos, alguns que foram destacados como: Cavalo do General Abreu, Milonga, O Carteiro, Pedro Pampa, entre outros. Ao longo dos mais de 60 anos de trabalho, o escultor também participou de centenas de exposições no Brasil, em vários Municípios, além de Alegrete e na Argentina, assim como, incontáveis eventos.

Um dos trabalhos de grande repercussão e polêmica é o “Trançudo”, hoje, exposto em frente à sua residência no bairro Capão do Angico. A obra foi censurada na Expointer de 2010, em decorrência do membro masculino exposto(órgão genital). O homem feito de sucata homenageia, Trançudo, sedutor folclórico da região da campanha do início do século 20.

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Chapéu Preto sempre acrescenta: gosto de ser louco, mas jamais burro, pois trabalho sem parar, desde sempre, numa rotina incansável, mas não vejo recompensa, na minha cidade. Vivo sozinho com um salário, da minha aposentadoria. Acredito que poderia fazer muito mais por Alegrete”- comenta.

“Eu ando de bota e bombacha por tudo. Em muitos momentos, recebo pessoas importantes em minha casa, com minha velha calça estilo militar e com as mãos sujas do trabalho. Sei que, para muitos, não passo de um escroncho, sou ridicularizado e muito pouco valorizado. mas isso, não tira a minha paixão e amor pelo meu trabalho” – disse o escultor e entalhador, Derli.

Aos 12 anos, na casa de um vizinho, fez a primeira escultura e, desde então, é inigualável em muitos detalhes. Com orgulho e emocionado diz que fez uma dedicatória para si na entrada da sua residência onde diz: morreu há mais de 200 anos, Derli Vieira da Silva, – Chapéu Preto -, o escultor que dominava como ninguém as várias matérias primas que existem. Nisto, cita: madeira, ferro, osso, chifre, canela de vaca e concreto armado.

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Para toda a inspiração, ele cita que vê uma linha imaginária onde tudo fica facilmente entendível e como num passe de mágicas a obra fica pronta e sempre com detalhes ricos e únicos. Entre os trabalhos, um que se orgulha é uma miniatura, tem pouco mais de 10 cm de altura e foi feita da ponta de um chifre de boi manso, um autêntico gaúcho sorvendo um mate de perna cruzada. “Essa obra de arte no cifre como eu fiz, diante de uma pesquisa realizada pela Unipampa, não existe ninguém que tenha feito” – cita orgulhoso.

Uma sumidade no que faz, o escultor alegretense coleciona milhares de trabalhos, dentre eles, mais de 42 obras no exterior e as homenagens que recebeu de inúmeras pessoas, personalidades e políticos. A maioria, de pessoas que estão fora de Alegrete e fazem parte do seu dossiê.

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