Combate à dengue| Fumacê com inseticida Cielo iniciou pela Cidade Alta

Semana começou com ações de bloqueio contra o mosquito Aedes Aegypti por meio do fumacê, em Alegrete.

A cidade tem enfrentado um surto de dengue. Diante dessa situação preocupante, as autoridades locais têm intensificado os trabalhos de combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença, e uma das estratégias adotadas é a utilização do fumacê.

Desde o início do ano, as ações de combate à dengue vêm sendo realizadas de forma minuciosa e contínua. Após o bloqueio mecânico em locais que foram positivados com casos da doença e o uso da máquina costal motorizada, chegou a vez da passagem do fumacê pesado pelo Município.

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A ação teve início na segunda-feira, dia 29, pelo bairro Cidade Alta, com a pulverização do fumacê no lado Oeste, e irá prosseguir até a quarta-feira(31). Na quinta-feira, a aplicação será realizada na Zona Leste, especificamente nos locais onde foram registrados casos positivos de dengue. A área abrangida foi desde o quarteirão do Mercado Baklizi até a Bento Gonçalves, passando pela Bento Manoel e suas travessas, Maurício Cardoso e Eurípedes Brasil Milano, e em frente ao Presídio Municipal.

É importante ressaltar que a ação do fumacê tem como objetivo evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, responsável pela transmissão não apenas da dengue, mas também da Zika e da Chikungunya. A utilização do fumacê é uma medida complementar no combate a essas doenças, principalmente em áreas onde há um surto de dengue.

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Diante dos questionamentos que surgiram em relação à aplicação do inseticida, é necessário esclarecer alguns pontos. A Coordenação Geral de Vigilância de Arboviroses da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, emitiu uma nota técnica (Nº01/2020) sobre o produto denominado CIELO, que está sendo utilizado no fumacê (nebulização espacial).

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O Cielo-ULV é um inseticida de pronto uso, utilizado no tratamento espacial (Ultra Baixo Volume – UBV) de ambientes externos, com uma função específica para a eliminação das fêmeas do Aedes Aegypti. Ele deve ser utilizado somente para o bloqueio de transmissão e para o controle de surtos ou epidemias.

Esse produto consiste em um sistema de solventes próprios que auxiliam nas aplicações em Ultra Baixo Volume, bem como na penetração do princípio ativo na quitina do mosquito. O princípio ativo atua nos canais de sódio axônicos, promovendo a abertura dos canais e causando atividade elétrica desequilibrada, despolarização celular, espasmos contínuos e a queda do inseto alvo.

É importante enfatizar que a aplicação do fumacê não apresenta riscos à saúde humana e aos animais de estimação, como cães e gatos. No entanto, animais pequenos, como passarinhos quando acondicionados em gaiolas, devem ser temporariamente colocados em locais fechados até que a fumaça se dissipe.

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Para fins de comparação, as doses utilizadas na saúde pública são de 3 a 5 g por hectare, o que representa uma quantidade cerca de 100 vezes menor do que as doses utilizadas na agricultura, que variam de 300 a 500 g por hectare.

É válido ressaltar que, antes de 2020, o inseticida utilizado para esse fim era o Malathion, o qual a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta como causador de câncer em animais. No entanto, o Malathion não está mais em uso, e as informações encontradas na internet se referem ao uso indiscriminado desse produto, não ao CIELO, que está sendo utilizado nas ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti em Alegrete.

Com a continuidade das ações de combate ao mosquito transmissor da dengue, espera-se que a cidade de Alegrete consiga controlar o surto e garantir a segurança e o bem-estar de sua população. A participação ativa da comunidade é fundamental nesse processo, adotando medidas preventivas em seus lares e auxiliando no combate aos focos de reprodução do Aedes Aegypti – explicou analista de dados da SMS, Marco Rego.

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Esse é um trabalho conjunto entre o Estado e o Município. É a Coordenadoria Estadual de Vigilância em Saúde e a Prefeitura Municipal de Alegrete por meio da Secretaria de Saúde com as seguintes divisões: Vigilância em Vetores, Vigilância Epidemiológica e a Vigilância Sanitária. Com suporte se necessário Secretaria de Infraestrutura e Secretaria de Meio Ambiente por intermédio da divisão de Limpeza Pública.

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