Infectologista afirma não ter claro como será a pandemia depois do Carnaval

Médico alegretense, residente em Infectologia no Serviço de Infectologia do Hospital Geral de Caxias do Sul, fala sobre o momento atual da Covid-19 e a importância da vacinação em todas os grupos.

Covid-19
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Dr. Guilherme Dorneles Zinelli, chegou atuar na ala Covid-19, em Alegrete, na Santa Casa, no final de 2020, início de 2021.

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Sobre o momento atual e o feriadão prolongado em razão do Carnaval, onde muitas pessoas estão viajando, recebendo familiares e também participando de eventos, o médico destacou:

“Encontramos-nos em um período de grandes incertezas e não há nenhuma garantia de que um quadro semelhante ao ano passado, possa voltar a ocorrer” – falou o infectologista ao ser questionado sobre os riscos de uma crescente nos números como registrado em 2021, pós carnaval.

Na sequência, ele acrescentou que está, cientificamente comprovado, que as vacinas contra a Covid-19 são muito efetivas, além de serem uma ferramenta fundamental para controlar a pandemia.

“Sempre haverá uma pequena proporção de pessoas com a vacinação completa que ficará doente. Os sintomas, provavelmente, serão leves ou ausentes nos casos de pessoas vacinadas. É de fundamental importância que as pessoas completem seus esquemas vacinais. Além disso, as crianças devem ser vacinadas.

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Existe um quadro grave denominado de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica associada à Covid-19 que requer hospitalização e pode levar à morte. O crescimento no número de casos têm se dado na mesma medida que mais crianças se infectam pelo Coronavírus”- explicou.

Com relação ao período atual, o surgimento de novas variantes é a consequência da falta de medidas – ausência de distanciamento, abertura de instituições e eventos desnecessários, ausência de testagem em massa – possibilitando maior transmissibilidade e capacidade de infecção e reinfecção, avalou o médico.

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“A vacina sozinha não vai controlar a pandemia, sendo importante uma “rede de vigilância e controle” eficaz em cada município. Ações assertivas devem ser tomadas por especialistas a fim de reduzir o máximo o risco de contaminação e evitar que o sistema de saúde se sobrecarregue novamente” – completou.

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