PAT Saúde| Mitos e verdades sobre incontinência urinária

A incontinência urinária é um assunto que muitas vezes é sussurrado em conversas discretas ou simplesmente ignorado por vergonha ou desconhecimento.

No entanto, é uma questão de saúde importante que afeta milhões de mulheres em todo o mundo. Para entender melhor esse problema tão comum e suas nuances, a reportagem do PAT conversou com a Dra. Daniela Dias, especialista em Fisioterapia Pélvica Uroginecológica, membro da Associação Brasileira de Estudos em Medicina em Saúde Sexual (ABEMSS) e filiada à Associação Brasileira de Fisioterapia Pélvica (ABFP).

Quando uma mulher experimenta aquela pequena perda de urina ao tossir, rir ou fazer algum exercício físico, é comum que ela acredite que isso seja normal ou simplesmente fruto do envelhecimento. No entanto, essa perda de controle sobre a bexiga não é algo a ser ignorado ou tratado como parte natural do processo de envelhecimento. Conhecida como incontinência urinária, qualquer perda de urina é considerada um sintoma dessa condição, que pode se manifestar de diferentes formas.

Existem dois tipos principais de incontinência urinária: a de esforço e a de urgência. A incontinência urinária de esforço ocorre quando há perda de urina durante atividades que aumentam a pressão intra-abdominal, como tossir, espirrar, levantar pesos ou praticar exercícios físicos. Por outro lado, a incontinência urinária de urgência se manifesta quando a pessoa não consegue segurar a urina ao sentir a necessidade de urinar, resultando em episódios de urgência miccional.

Um aspecto importante a ser abordado são os mitos que cercam a incontinência urinária. Muitas mulheres acreditam erroneamente que a condição é hereditária, simplesmente porque suas mães, avós ou amigas também apresentam perdas urinárias. No entanto, a incontinência urinária não é exclusivamente determinada pela genética e pode ter diversas causas, desde fraqueza muscular até problemas de saúde específicos.

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Outro mito comum é a ideia de que interromper o fluxo de urina durante a micção é um bom exercício para prevenir a incontinência urinária. No entanto, isso não passa de uma crença equivocada. Interromper o fluxo de urina pode causar problemas urinários e não é recomendado como medida preventiva.

Para evitar a perda de urina e promover a saúde do sistema urinário, é importante seguir algumas recomendações simples, como não reter a urina por longos períodos, urinar regularmente, evitar o consumo de bebidas irritativas para a bexiga e exercitar os músculos do assoalho pélvico. Esses músculos desempenham um papel fundamental no controle da bexiga e sua fortalecimento pode ajudar a prevenir e tratar a incontinência urinária.

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Para as futuras mamães, é especialmente importante preparar os músculos do assoalho pélvico para o parto, já que durante a gestação essa musculatura está sujeita a um maior estresse devido ao peso do útero gravídico e seus anexos.

A incontinência urinária não deve ser vista como um tabu, mas sim como uma questão de saúde que merece atenção e cuidado. Com informação e conscientização, é possível enfrentar esse problema de forma eficaz e recuperar a qualidade de vida das mulheres afetadas.

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