Trata-se de um Body Scan, popularmente conhecido como escâner corporal, muito utilizado em grandes Estabelecimentos Prisionais e aeroportos.
O equipamento funciona por meio da emissão de baixas doses de raios-X. Essa tecnologia permite observar o que a pessoa revistada carrega consigo tanto fora do corpo — dentro das roupas ou por baixo delas — quanto dentro dele. Assim, é possível identificar drogas, armas e outros objetos considerados ilícitos dentro de uma unidade prisional ou em qualquer outro ambiente protegido.
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O body scan trabalha com a geração de imagens do corpo em alta definição permitindo, de forma rápida e segura, que ao profissional que opera averigue se o inspecionado está portando objetos impróprios. Então, se a pessoa estiver com algo, será exibido pelo body scan. São inúmeros os casos de visitantes que tentam entrar no presídio com ilícitos nas partes íntimas, e o aparelho consegue demonstrar se existe algo irregular naquela cavidade, o que antes era impossível com a realização da revista intima convencional, devido à legislação vigente.
Outro diferencial é que o body scan usa baixa dose de raios-X, reduzindo o potencial de riscos à saúde do inspecionado e do agente, sem comprometer a eficácia e a eficiência do processo.
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O Diretor do Presídio, Willian Cipriano, destaca que quando aplicamos essa tecnologia à rotina dos presídios, temos ainda mais vantagens, pelo fato da revista convencional se tratar de um procedimento que esbarra na legislação dos Direitos Humanos. Há de se ter cautela para que o processo não fira os princípios da dignidade humana e não exponha o revistado a um tratamento degradante. Assim, existem dois aspectos principais:
O primeiro e talvez o mais importante é a questão de humanizar o processo de inspeção. O visitante deixa de ser colocado em situações que, por vezes, acabam sendo vexatórias, principalmente em um momento já desconfortável, o de estar no ambiente prisional.
O segundo relaciona-se com a segurança da Casa Prisional. O scanner permite uma inspeção mais avançada, porque consegue ver de fato o que há dentro do organismo humano, em lugares e cavidades que, até então, o processo tradicional dificilmente alcança.
Ambos os aspectos trazem reflexo tanto para dentro da unidade prisional quanto para o processo de ressocialização do preso.
Nesse primeiro momento, o equipamento estará sendo utilizando em um período de teste, pois os servidores precisarão passar por um treinamento de anatomia do corpo humano, para poderem realizar uma melhor leitura das imagens do equipamento.
Informações e fotos: Presídio Estadual de Alegrete