Ambulância do Samu não está à altura das necessidades dos profissionais da saúde e da população

Há mais de uma década, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) tem sido a linha de frente do socorro médico em Alegrete, operando ininterruptamente para oferecer assistência vital em situações críticas. Com uma ambulância dedicada ao suporte básico (SB 64), o SAMU atende não apenas à área urbana, mas também estende seus serviços para as estradas e comunidades rurais, onde a necessidade de cuidados médicos urgentes também é premente.

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Cada mês, a ambulância do SAMU de Alegrete é acionada aproximadamente 160 vezes, refletindo a alta demanda e a urgência das situações enfrentadas pela população. Desde acidentes graves até emergências médicas, o SAMU é muitas vezes a linha entre a vida e a morte para muitos cidadãos.

No entanto, nos últimos tempos, tem havido um aumento significativo no número de queixas registradas pela população em relação ao tempo de resposta do serviço. A regulação, um aspecto crucial do atendimento de emergência, tem sido apontada como um dos principais pontos problemáticos, juntamente com a condição das ambulâncias em uso.

Moradores têm citado dificuldades com a ambulância atualmente em circulação, que já completou 12 anos de serviço. A reserva dela está numa condição igualmente caótica, levando em consideração que em dias de chuva é um grande desafio, pois há “goteiras”. Problemas mecânicos recorrentes, como portas que não abrem facilmente e dificuldades de desempenho em ruas com subidas acdntuadas, são apenas algumas das questões enfrentadas. Além disso, a falta de ar-condicionado em uma região com temperaturas extremas.

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Essas adversidades não apenas afetam a eficácia do serviço, mas também representam riscos para os profissionais de saúde que atuam no SAMU, que podem se tornar incapazes de fornecer um serviço de qualidade devido às limitações dos veículos, visto que, em alguns atendimentos esses profissionais muitas vezes enfrentam hostilidade e até mesmo ameaças enquanto tentam cumprir sua missão de salvar vidas.

Embora o SAMU de Alegrete siga os padrões nacionais estabelecidos pelo Ministério da Saúde, a situação atual das ambulâncias destaca a necessidade urgente de intervenção e investimento por parte das autoridades responsáveis. Em outubro do ano passado, a inauguração de uma nova sede representou um passo na direção certa, demonstrando o compromisso das autoridades locais em melhorar as condições de trabalho dos profissionais de saúde, entretanto o veículo precisa ser uma prioridade.

No entanto, a “ambulância nova”, que já tem quase três anos, apresentou problemas mecânicos, destacando a importância de investimentos contínuos em equipamentos e meios de transporte em condições. O veículo está há 40 dias em Santa Maria para conserto, o que inclui peças e mão de obra. A morosidade em relação a trâmites burocráticos afeta o serviço.

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Em resposta às preocupações levantadas, a Secretária de Saúde, Haracelli Fontoura, anunciou planos para a compra de duas novas ambulâncias, além de avanços na construção de uma segunda base do SAMU para atender comunidades específicas da região. No entanto, é crucial que esses esforços sejam acompanhados por medidas para garantir a manutenção adequada de equipamentos e a segurança dos profissionais de saúde.

Em última análise, o SAMU de Alegrete continua comprometido em servir à comunidade, enfrentando desafios e buscando constantemente melhorias para garantir que todos os cidadãos tenham acesso a cuidados médicos de qualidade quando mais precisarem, mas com a atual ambulância essa nobre missão oferece reais preocupações quanto à eficiência e agilidade nos deslocamentos.

Veja na íntegra respostas de Secretária de Saúde:

“Sobre a ambulância do SAMU atual, temos três, sendo duas reservas e uma atuante. Estamos com uma na empresa contratada para conserto, mas já estamos fazendo processo licitatório para a compra de duas novas ambulâncias”- explicou.

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Outro ponto questionado foi a obra da Base 2 do SAMU próxima ao CIEP, para atender as comunidades daquela região de Alegrete, que está em andamento e vai custar, igualmente, mais 250 mil reais.

Inicialmente, estava prevista para ser concluída no fim do ano passado.

“Sobre essa Base 2, estou agendando uma reunião com o Estado para alinhar alguns detalhes que ainda faltam. No local, falta fazer o cercamento. Os móveis e equipamentos já estão comprados. Além disso, a equipe que vai atuar vamos contratar”- citou.

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