Escritora negra alegretense lançará livro sobre racismo em maio

Ainda não há uma data definida, pois a autora reside, atualmente, no Paraná.

Em pleno século XXI, a comunidade negra ainda sofre discriminação e preconceito racial, é necessário que projetos sejam criados para que essa problemática não afete as gerações futuras. Pensando nisso, a escritora Viviane dos Santos Rodrigues produziu uma obra que fala sobre suas experiências enquanto mulher preta, a narrativa é em primeira pessoa, não deixa de ter aparato teórico, o que a faz com que o leitor tenha um processo de imersão ao decorrer das páginas.

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A autora é alegretense, nascida em 1989, seus pais são Marta Helena e Paulo Lopes (in memoriam), sendo a caçula, os irmãos são Anderson e Daniel. Sempre estudou em escolas públicas, Marquês de Alegrete e Oswaldo Aranha, fez o curso de Tecnologia em Alimentos no Instituto Federal Farroupilha (IFFar). Durante a graduação, trabalhou na Marfrig, no frigorífico de bovinos, com a conclusão, mudou-se para o Paraná, reside em Marechal Cândido Rondon, onde trabalha na Frimesa, no setor de laticínios.

No âmbito pessoal, confessa que gosta de samba, escuta Zeca Pagodinho, ama Carnaval, sua escola de samba em Alegrete é a Pôr do Sol, inclusive já desfilou algumas vezes, até mesmo como porta-bandeira. Como boa gaúcha ama os churrascos em família. Tornou-se mãe de Samuel, a partir daí as causas sociais tomaram novo vigor, pois Viviane decidiu aprofundar seus conhecimento sobre a realidade da população negra e os efeitos do racismo. Principiou pesquisas buscando materiais, com isso, foi tornando-se latente a necessidade da produção do livro. A escritora afirma: “Acredito muito no papel da educação, nas transformações que almejamos para a nossa sociedade”.

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O livro
A obra versará sobre as perspectivas de uma mulher negra, Viviane, objetiva a compreensão das diversas formas de racismo presentes em nossa sociedade. A narrativa é fundamentada para as mulheres negras, que diariamente vivenciam situações de racismo em uma sociedade que teima em invisibilizá-las. São 21 capítulos com diferentes temáticas, enaltecendo a importância da atuação das mulheres negras nas mudanças tão urgentes e necessárias em busca de uma sociedade igualitária e antirracista. O lançamento ocorrerá na cidade no dia 18 de maio, às 19h, no Centro Cultural.

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Luiz Carlos Santiago

Muito oportuno. Infelizmente, não precisaria ser assim, porém, para que a sociedade como um todo assuma que dentre seus pares, não deveria haver preconceitos sejam eles quais forem. Faz-se necessário a busca constante por estes direitos sociais de inclusão.
Méritos para a escritora que sempre atuou para estes fins.
Igualdade e fraternidade para todos.