Família que perdeu a caçula para o câncer, faz um alerta sobre o aparecimento silencioso da doença

No universo imprevisível da vida, algumas histórias carregam consigo lições que ecoam para sempre.

Recentemente, um capítulo triste marcou a vida da família Dorneles, quando perderam prematuramente, Anna Claudia, aos 35 anos, para um adversário implacável: o adenocarcinoma de cólon. Uma batalha que desencadeou reflexões sobre a importância do conhecimento, prevenção e diagnóstico precoce em relação ao câncer colorretal.

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Abaixo uma mensagem carregada de nostalgia, amor e informação enviada pela família ao PAT:

Se soubéssemos com antecedência nada disso teria acontecido e o final dessa historia seria outra.

Recentemente perdemos nossa irmã mais nova com apenas 35 anos, com um adenocarcinoma de cólon, câncer colorretal com metástase no fígado. A metástase deste tipo de câncer acontece quando células cancerígenas, que se encontravam primariamente no intestino, migram por meio da corrente sanguínea ou do sistema linfático para outras partes do organismo. Os órgãos que geralmente apresentam metástases do câncer de intestino são o fígado, os pulmões e o peritônio. Aproximadamente 50% dos pacientes com câncer de cólon vão apresentar metástase no fígado no diagnóstico ou posteriormente ao tratamento inicial como recorrência da doença. Para esses pacientes, a estimativa de cura com o tratamento adequado é de cerca de 20%. Se for possível operar e remover completamente essas metástases as chances de cura chegam até 40%, não foi o caso da Anna Claudia, infelizmente ela não conseguiu vencer essa luta porque o fígado dela tinha múltiplas metástases, por ser assintomático, sem nenhum sintoma e já com a doença em estágio avançado. Caso tivéssemos feito os exames coretos uns 5 anos antes tudo seria diferente e ela estaria em tratamento e com certeza estaria na luta e venceria.

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Gostaria de informar que o câncer de intestino engloba os tumores que surgem no intestino grosso (chamado cólon) e reto (parte final do intestino). Também conhecido como câncer colorretal ou câncer de cólon e reto, trata-se de um dos tipos de cânceres mais frequentes, sendo o tumor mais importante do sistema digestivo. Geralmente, esse tipo de câncer cresce a partir de pólipos (lesões benignas presentes na parede interna dos referidos órgãos). Em seus estágios iniciais, a doença é assintomática.

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Porém, em estágios avançados pode apresentar sintomas, tais como dor abdominal, sangue nas fezes, massa palpável no abdômen, emagrecimento sem justificativa aparente, entre outros sintomas, mas também pode não aparecer, e ser confundido com hemorroidas, muitas vezes em um diagnóstico apressado ou errado de médicos despreparados, ou assoberbados de atendimento no fluxo (SUS).

Ela tinha apenas 35 anos, muita vida pela frente. Anna Claudia sempre foi uma menina ativa (escalava, fazia rafite, dançava e amava viajar), sempre de bem com a vida, a saúde sem problema graves, apenas os corriqueiros de sempre, praticava esporte e comia coisas saudáveis. Nosso desabafo é que vivenciamos muitas histórias. Algumas com finais felizes e outras não, mas no dia 21 de dezembro 2022 tudo mudou, descobrimos um adenocarcinoma de cólon. Em fevereiro de 2023 em uma ressonância apareceu além do tumor no intestino, metástases no figado. Foi assustador, sim, pois o sentimento é que aquela certeza da vida desaparece, e você fica totalmente inseguro sobre o futuro. Na verdade, nunca sabemos do futuro, mas um câncer te balança nesse sentido de uma forma mais forte do que qualquer outro sentimento visível, principalmente um que chegou silencioso, sem sintomas, apenas uma dor no lado, achamos que era pedra na vesícula, ou dor muscular, não ocorreu nenhuma febre ou perda de peso, enjoo ou mesmo vomito. Em 2020 ela foi ao SUS, consultou, e disse que estava com pequeno sangramento anal a médica disse que eram hemorroidas, sem solicitar nenhum exame, então tudo certo, vida que segue. Mas para nossas vidas chegou sem se anunciar, chegou para toda família como um tsunami, destruindo esperança, sonhos, conquistas e expectativas de muitos aniversários, páscoa, natais e anos novos. O tempo que ela ficou conosco, deixou muitos posts no Instagram para que muito soubessem que mesmo saudáveis devemos fazer exames para que doenças não ceife outras vidas, sem pelo menos lutar, essa doença tem que ser conhecida por todas as faixas etárias. Muitos de nossos jovens então acometido por essa doença e o exame só é autorizado após os 45 anos. Temos que solicitar às autoridades governamentais que seja autorizado exames pelo SUS com mais frequência para qualquer faixa de idade, para que evitemos mortes precoces, assim como foi da minha irmã. Precisamos de uma equipolência para ltermos 51% de probabilidade de vencer, porque quando essa doença entra na família todos lutamos e sofremos juntos, com a pessoa que esta com o câncer.

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Somos gratos a DEUS e ao apoio de toda nossa família, que com amor orou, cuidou dela, que com palavras de conforto e amor fez com que ela vivesse um dia de cada vez, fomos humanos em todos os sentidos da existência e renovando mesmo quanto é pesado o desfecho dessa historia, mas com Resiliência para seguir em frente, mesmo tendo perdido algo tão importante como foi nossa pequena, mas grande casula Anna Cláudia.

FAMÍLIA DORNELES.

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