Com início do período chuvoso, Defesa Civil já se prepara para ocorrências

A atuação de um ciclone extratropical fez com que os volumes de chuva em diferentes regiões do Rio Grande do Sul superassem os 100mm em 24 horas. Além de temporais, o fenômeno provoca ventos fortes, com rajadas de até 100 km/h.

A reportagem do PAT entrou em contato com a Defesa Civil no município, embora a Fronteira Oeste não tenha sido afetada, para saber do que o órgão está preparando em caso de confirmações do El Niño neste inverno, com volumes altos de chuvas e consequentemente as cheias do Ibirapuitã.

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Com o início da estação chuvosa, a Defesa Civil, já está trabalhando em planejamentos e ações para atender a população e monitora zonas mais vulneráveis. Renato Grande, coordenador municipal e diretor da Defesa Civil , explica que, apesar de existir o alerta, esta não é a estação que pode causar mais calamidades. “A Defesa Civil, na verdade, está preparada para qualquer período de chuva ou de seca”, destaca.

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O site da prefeitura, disponibiliza um espaço para a Defesa Civil, onde constam vários cartões informativos de como agir em diversos desastres, formas de prevenção e como minimizar danos.
“Estamos com um projeto em andamento juntamente com a UNIPAMPA – Campus Alegrete no curso de Engenharia de Software, para o desenvolvimento de um site para a Defesa Civil de Alegrete, a fim de levar mais informações para a população e imprensa; termos um banco de dados digital; instruções práticas com imagens e vídeos de como agir antes, durante e após os desastres; montarmos um sistema de alertas local e demais funcionalidades que seja disponibilizado pela tecnologia atual”, explica o especialista.

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Segundo Renato Grande, hoje existem formas da população receber alertas da Defesa Civil Estadual e Federal, uma através de envio de SMS para o número 40199 informando o seu CEP; outra pelo Whatsapp pelo número 61 20344611 enviando um “oi” e posteriormente interagindo com a inteligência artificial indicar o local que reside.

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Contudo, a Defesa Civil Municipal está com o plano de contingência atualizado e bem como as áreas de riscos mapeadas. Há a disponibilidade de distribuição de lonas e caso seja necessário poderão ser utilizados abrigos.

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A autarquia está buscando em parceria com a Secretaria de Promoção e Desenvolvimento Social a criação de um banco de móveis, para que cidadãos e empresas possam doar móveis usados em boas condições ou novos que irão ser encaminhados para a população vítima de desastres.

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Defesa Civil em ação

Em tempo, o município está com a campanha do agasalho ativa, assim quem desejar pode fazer a sua doação em diversos pontos de coleta na cidade e também na Defesa Civil de Alegrete, localizada na Praça Getúlio Vargas nº 409, entrada pela rua Demétrio Ribeiro, mais informações através dos telefones (55) 992070859 ou (55) 3961 1707.

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Em Alegrete, a chuva acumulada em janeiro deste ano foi de 76.4mm, no mês seguinte apenas 47.4mm. Já em março foram 181.8 mm e abril somente 7.6 mm. Dados colhidos da estação Hidrometeorológica Alegrete (código 76750000), operada pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA). Pelos dados do pluviômetro convencional de Alegrete, entre os dias 1º e 11 de junho, choveu 35.5mm no município.

Na capital dos gaúchos, em 24 horas, choveu entre 146 mm e 152 mm até às 6h desta sexta-feira. Já no município de Maquiné, um dos mais atingidos, foram 250,2 mm em um dia, segundo apontou o INMET.

Município de Maquiné Foto: Lauro Alves

O ciclone extratropical que atinge o Rio Grande do Sul deixa ao menos 460 mil clientes sem energia elétrica nas áreas de concessão da CEEE Grupo Equatorial (386 mil) e da RGE (74 mil). Conforme a primeira concessionária, as regiões mais afetadas pelo problema são a Metropolitana (323 mil com interrupção na energia elétrica) e Litoral Norte (54 mil). 

Na quinta-feira (15), o Inmet emitiu um alerta vermelho, de grande perigo, para chuvas intensas na Região Metropolitana, na Serra, no Nordeste e no Centro. O aviso vale até as 15h desta sexta-feira (16) e indica o risco de danos em edificações, corte de energia elétrica, queda de árvores, descargas elétricas, alagamentos, enxurradas e grandes transtornos no transporte rodoviário.

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De acordo com a Climatempo, ainda chove ao longo desta sexta no nordeste e leste do RS. Conforme o ciclone se afasta em direção ao oceano, a intensidade tende a diminuir, mas ainda será forte durante a manhã e grande parte da tarde.

Fotos: reprodução

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